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ISSN 0033-1983
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Coluna Além das Quatro Linhas
Breves reflexões de uma Copa que se vai
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Felipão vibrando sempre, agora no banco da seleção portuguesa. Um homem com essas características, fás uma falta do tamanho dos lucros da Fifa nesta Copa.
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Ontem não deu. Nem para Felipão e nem para aqueles que arrumaram um motivo a mais para seguir torcendo na Copa onde o Brasil foi eliminado por sua própria incapacidade. Luiz Felipe Scolari teve o mérito de fazer um time historicamente molenga em competições de alto nível, em uma equipe competitiva e unida. Não apenas os lusos, mas os alemães também caíram de pé, lutando até o último minuto do segundo tempo da fatídica prorrogação contra os italianos. enviar imprimir O técnico de origem caxiense e cuja faculdade da bola foram as terríveis divididas do interior gaúcho, quase conseguiu a proeza máxima. Ganhar em 2002 com o Brasil fez parte de sua trajetória vencedora. Mas, conseguir criar um clima de Libertadores de América em plena Copa de 2006, este foi seu feito máximo. Não por acaso, o árbitro da semi-final contra a França foi um uruguaio. Ouviu poucas e boas de Felipão e Murtosa; “poesia” esta que faz parte do espetáculo, tal como o trenzinho luso-ítalo-caxiense.
Ficamos nós agora a ver partidas de outras equipes tecnicamente inferiores à nossa. Isto, no que diz respeito de bola no pé. Porque, disposição tática, união do time, vontade de retomar a posse de bola, altruísmo dentro de campo (pelo menos ali) e concentração nos momentos limites; nada disso tivemos.
Parreira costuma fazer palestras de motivação profissional, típica lenga-lenga de auto-ajuda de gerenciamento neoliberal. Talvez com um pouco menos de “discurseira” e tecnicidade falseada fôssemos um pouco melhor nos poucos aspectos de nossa cultura que refletem a grandeza da 11ª economia do mundo. Agora é esperar mais 4 anos e nos voltarmos todos para o segundo semestre, entre Brasileirão e Libertadores.
Tudo seguirá na “normalidade” se e caso não resolvamos imitar a nós mesmos em 2005 ou quem sabe macaquearmos a poderosa Itália da primeira metade do ano. Berlusconi e a família Agnelli talvez consigam a proeza de ver sua seleção tetra campeã do mundo, enquanto suas equipes serão rebaixadas a fórceps para a 3ª e a 2ª divisão respectivamente.
A propósito, por onde anda o Edílson e o Gibão mesmo?! E falando em “onde está fulano?”, estará Zveiter na cota dos desembargadores do “dono” da marca de exportação brasileira mais popular do mundo?
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