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Coluna Além das Quatro Linhas


Uma “quase” tragédia

Arnaldo Hise/Santos

Foi preciso uma necessidade para a ambulância finalmente poder entrar na Vila

Por Anderson Santos (editor) & Dijair Brilhantes

Talvez por uma obra do destino, para quem acredita nele, poderíamos estar aqui falando de uma tragédia, mas felizmente não passou de um susto.

Em um dos grandes jogos das últimas rodadas, Santos e Atlético-MG, os mesmos primeiros quarenta e cinco minutos da Vila Belmiro que contaram com mais uma obra prima de Neymar, também trouxeram à vista de todxs o choque entre o jogador atleticano Rafael Marques e seu companheiro de zaga Leonardo Silva.

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Após o trauma, Rafael Marques caiu desacordado e assim permaneceu por alguns minutos. A entrada da ambulância no gramado foi solicitada. A partir deste momento começou o drama. Jogadores e outros profissionais envolvidos não entendiam o porquê da demora. Atletas de ambas as equipes ajudaram a mover as placas de publicidade para que o veículo pudesse adentrar no gramado da Vila Belmiro.

Mas as publicidades, que, diga-se de passagem, foram de fácil remoção, não era o único obstáculo que estava impedindo a entrada da ambulância. Um degrau com cerca de quarenta centímetros obstruía o acesso. Dois integrantes do Corpo de Bombeiros entraram no gramado com a maca da ambulância, que demorou pouco mais de dez minutos para deixar as dependências da “Vila Mais Famosa”.

Mas, felizmente e afortunadamente, tudo não passou de um grande susto, mas ficou muito claro que não existe o mínimo de fiscalização sobre o que diz respeito à segurança, se não há com atletas imagina o com o público.

Vale lembrar que para todo campeonato organizado pela CBF ou suas federações afiliadas é necessária a entrega de vários laudos, das mais diversas entidades de segurança, casos da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Conselhos Regionais de Engenharia.
Além disso, o Estádio Urbano Caldeira passou por algumas reformas pontuais nos últimos anos e chega a ser estranho que, entre novos camarotes na parte mais baixa da Vila, não tenham se dado conta que era necessário criar uma entrada mais fácil para o campo em casos de acidentes dentro ou fora dele.

Alguns casos não tiveram a mesma “sorte”
Em 2004, o zagueiro Serginho, do São Caetano, teve uma parada cardíaca dentro do gramado do Estádio do Morumbi. Especialistas afirmam que uma ambulância equipada de um desfibrilador teria salvado a vida do atleta. A partir deste episódio passou a ser obrigatório este aparelho nas ambulâncias dos estádios de futebol, aumentando a cobrança em torno de toda a estrutura para um jogo em campeonato oficial.

Antes disso, vários são os casos que poderiam ser relembrados, como o da final do Campeonato Brasileiro de 1992. Enquanto Botafogo e Flamengo se enfrentavam em campo, uma grande da arquibancada cedeu e três torcedores morreram ao cair no anel inferior.

Em 2000, outro caso grave envolvendo torcedores. Na final da Copa João Havelange – que serviu como Campeonato Brasileiro daquele ano por conta de problemas judiciais –, a partida entre Vasco e São Caetano teve que ser interrompida por conta de um grave acontecimento envolvendo torcedores.

Após uma discussão entre torcedores do Vasco, o alambrado que separa a arquibancada do campo cedeu, o que ocasionou uma avalanche humana. Cento e sessenta pessoas ficaram feridas. O precário serviço de socorro ficou “escancarado” em rede nacional. Algumas vítimas demoraram cerca de uma hora para serem socorridas, enquanto o então presidente do Vasco, Eurico Miranda, fazia o possível para tirar todxs os feridxs de dentro de campo para reiniciar a partida o quanto antes.

A partida foi encerrada pelo governador do estado do Rio de Janeiro via telefone, já que o arbitro Oscar Roberto Godoy não o fez, após um passeio de helicóptero na região. Apesar de o regulamento prever até exclusão do time mandante em casos assim, a final ocorreu no Maracanã no mês seguinte, com título de um Vasco sob patrocínio do SBT, como vingança de Eurico aos protestos da Rede Globo ao longo da transmissão anterior.

STJD age, mas...

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva costuma roubar a cena no futebol brasileiro. Infelizmente os seus procuradores não costumam punir pelo simples fato de faltar algo na estrutura dos estádios caso não ocorra alguma anomalia. Exemplo é o caso ocorrido na Vila Belmiro, estádio utilizado, inclusive, para as partidas da Copa Santander Libertadores – ê patrocínio, coisas da Conmebol e de Leóz - e que já foi liberado para a rodada que começa neste meio de semana.

Foi necessário o uso de uma ambulância para notarem que a mesma não conseguiria acessar o gramado. Se um estádio de um time grande no Brasil é deste jeito, restam-nos duas perguntas: como é feita a liberação dos estádios em campeonatos “menores”? A vistoria em estádios mais conhecidos é mais “suave”?
Cabe aos órgãos de segurança pública responderem a isso. A sorte nem sempre joga junto, principalmente quando há imprudência.






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