Estrat�gia & An�lise
ISSN 0033-1983
Principal

Artigos

Clássicos da Política Latino-Americana

Coluna Além das Quatro Linhas

Coluna de Rádio

Contenido en Castellano

Contos de ringues e punhos

Democracy Now! em Português

Democratização da Comunicação

Fale Conosco

LARI de Análise de Conjuntura Internacional

NIEG

Original Content in English

Pensamento Libertário

Publicações

Publicações em outros idiomas

Quem Somos

Sobre História

Sugestão de Sites

Teoria



Apoiar este Portal

Apoyar este Portal

Support this Website



Site Anterior




Creative Commons License



Busca



RSS

RSS in English

RSS en Castellano

FeedBurner

Receber as atualiza��es do Estrat�gia & An�lise na sua caixa de correio

Adicionar aos Favoritos

P�gina Inicial












































Coluna Além das Quatro Linhas


A vingança patronal na Copa da Alemanha

Como é sabido, o futebol é um grande negócio. A paródia da vida é hoje determinada pelo lucro, parte mais importante de um esporte que ainda motiva milhares de pessoas a irem aos estádios. Paixão mediatizada por símbolos e marcas, quase sempre sob pouco ou nenhum controle por parte das equipes. Empresas como Adidas, Nike, Gillete, têm em suas fileiras grandes jogadores como peças de propaganda. Associando a imagem do craque a paixão mundial, a combinação binária e vulgar motiva milhões a comprarem suas mercadorias.

enviar
imprimir

O fluxo incessante de capital descontrolado, faz com que mais um guri da Vila Nova seja uma futura commodity de valos estimado de US$ 2 milhões a US$ 50 milhões de dólares. Isto também torna o futebol menos atrativo, principalmente para os torcedores de países pobres, vendo seus campeonatos esvaziados e terminando por torcer por clubes europeus. Nossas plantations pós-modernas embarcam duas pernas portadoras de cabeças ainda vazias. Atletas com apenas 16, 17 anos buscam a tão sonhada independência financeira para suas famílias e o desejo de ficarem famosos na Europa. Assim, empresários triangulam o investimento futuro, muitas vezes aliciando-os a jogarem em clubes patrocinados/controlados por holdings cujo capital majoritário cruzado é das próprias transnacionais. A Fifa, no caso da Copa do Mundo, conseguiu ignorar o orgulho alemão de ter na cerveja sua adoração nacional, ao negociar a exclusividade da cerveja vendida nos estádios para a americana Anheuser-Busch, dona da Budweiser.

Assim como a cerveja alemã, a Copa do Mundo é patrocinada por diversas empresas que buscam uma afirmação ou entrada no mercado futebolístico, pois apenas nesse campeonato especula-se que quase 2 bilhões de pessoas a assistam. Portanto, é um ótimo mercado a ser explorado, melhor cartão de visitas, impossível. A porta de entrada é a própria FIFA centenária, entidade máxima do futebol mundial, que organiza os contratos de publicidade e exclusividade para com esses fornecedores lucra o máximo que pode, com o apoio das federações dos países mais fortes do futebol mundial, tornando o esquema de lucro mais atraente para o investimento estrangeiro em países pobres. Uma presta apoio financeiro para com seus associados, caso da Fifa, e os outros prestam apoio político à associação do futebol mundial, para continuarem com esse negócio tão lucrativo. Tudo é vendido, desde a exclusividade dos cartões de crédito da Copa até a empresa que vende “cheeseburguers” nos estádios.

O maior torneio de futebol do planeta faz uma S/A da imagem e ação televisionada. A sociedade de emoções humanas entre paixão, um jogo cultural e verbas. E pensar que na origem o esporte mais querido do planeta foi popularizado para disciplinar a mão de obra das fábricas inglesas no século XIX. A classe se apropriou do jogo, transformou-o em religião e hoje recebe a vingança da patronal, em forma de marcas e multis, com a bênção do esquema Havelange-Blatter.






voltar