Estrat�gia & An�lise
ISSN 0033-1983
Principal

Artigos

Clássicos da Política Latino-Americana

Coluna Além das Quatro Linhas

Coluna de Rádio

Contenido en Castellano

Contos de ringues e punhos

Democracy Now! em Português

Democratização da Comunicação

Fale Conosco

LARI de Análise de Conjuntura Internacional

NIEG

Original Content in English

Pensamento Libertário

Publicações

Publicações em outros idiomas

Quem Somos

Sobre História

Sugestão de Sites

Teoria



Apoiar este Portal

Apoyar este Portal

Support this Website



Site Anterior




Creative Commons License



Busca



RSS

RSS in English

RSS en Castellano

FeedBurner

Receber as atualiza��es do Estrat�gia & An�lise na sua caixa de correio

Adicionar aos Favoritos

P�gina Inicial












































Coluna Além das Quatro Linhas


Coluna Além das Quatro linhas – Semana de 14 de fevereiro de 2011

zipgospel

Com direito a despedida com ares de evento nacional, Ronaldo deixa a bola e a eterna preocupação com as lesões

Dijair Brilhantes & Bruno Lima Rocha


O adeus da bola e a presença no marketing

Ronaldo Nazário de Lima, mais conhecido como “Ronaldo fenômeno” resolveu assumir de vez a aposentadoria. Após o fiasco corintiano na Copa “Santander” Libertadores (sabemos que é difícil aturar essa ironia cruel denominando o campeonato de clubes latino-americanos), o fenômeno midiático antecipou o fim de sua carreira dentro das quatro linhas. Em entrevista coletiva realizada na última segunda-feira dia 13 de fevereiro, o ex-craque falou com a imprensa por pouco mais de uma hora, agradeceu a diversos patrocinadores e justificou a aposentadoria devido a dores no corpo. Sobre a constante briga com o peso Ronaldo disse sofrer um de um distúrbio hormonal, fato este não confirmado por profissionais da área. Vivemos a era do paradoxo. Quem mais vende camisa é quem menos vinha jogando nos últimos anos. Carência de “ídolos”, nem que sejam apenas e tão somente “ídolos” dentro de campo, e olhe lá.

enviar
imprimir

O menino pobre de Bento Ribeiro, subúrbio carioca, ganhou o mundo através do dom que Deus lhe deu, que é jogar futebol. Das categorias de base do São Cristovão foi para os profissionais do Cruzeiro-MG. Do clube mineiro seus empresários Alexandre Martins e Reinaldo Pitta (estes anos mais tarde foram presos pela PF acusados de lavagem de dinheiro) o levaram para o PSV da Holanda. O sucesso o fez ser um dos jogadores mais cobiçados do futebol europeu. Foi ídolo na Espanha ( arrepiou no time da Catalunha, o Barcelona e enrolou os castelhanistas do Real Madrid) na Itália (jogando bem mais na Internazionale e também com boa passagem pelo Milan).

Em Copas do Mundo, foi do céu ao inferno umas quantas vezes. Banco e mascote da retranca de Parreira em 1994 foi o pivô do papelão do Brasil na final contra a França jogando de local (vareio do time de Zidane). Deu a volta por cima, sendo ídolo e herói na Copa da Coréia/Japão em 2002. Novamente na retranca Parreirista, viveu os dias do “liberou geral” da Copa da Alemanha (muito parecido com o mercado de pulgas instalado nos saguões de hotéis que abrigavam o time de Sebastião Lazaroni, outro invento do Imperador Teixeira assim como o “treinador” Dunga) trazendo de volta o fracasso de 2006. Em 2009, com uma grande jogada de marketing voltou ao Brasil para “jogar” no Corinthians. Após ter conquistado dois títulos neste mesmo ano, ficou mais de molho e no estaleiro do que em campo, fracassando no ano seguinte (ano do centenário quando o Timão não levou nada), pendurando as chuteiras após a desclassificação na pré-libertadores 2011.

A despedida levou Ronaldo às lágrimas, também devido ao amor que ainda sente pelo futebol. O presidente corintiano Andéz Sánchez também chorou, mas este último tem grandes motivos para se preocupar, afinal as receitas do clube dependem do “fenômeno”.



Um gênio somente no futebol

Em campo Ronaldo foi um dos maiores atacantes de todos os tempos. Da intermediária adversária prá frente, era quase impossível pará-lo. Para a indústria do futebol, foi e é um dos maiores marqueteiros na atualidade do esporte, ao ponto de ter contratos vitalícios de grandes marcas. A vida pessoal do R-9, sempre passou por momentos de muita visibilidade. Além das graves lesões que o acompanharam ao longo de sua carreira, o “fenômeno” já foi flagrado ingerindo bebidas alcoólicas e fumando cigarros. Ambos os hábitos, embora comuns para boa parte dos brasileiros, nada condizem com a imagem de atleta que ele próprio tenta e consegue vender. Falando de imagem abalada, o fato mais marcante da vida pública foi o escândalo envolvendo três travestis. Em abril de 2008, após uma festa na Barra da Tijuca Ronaldo Nazário foi para um Motel com um travesti e este chamou mais dois. Após uma suposta tentativa de extorsão o caso foi parar na policia. Em outubro do mesmo ano o apartamento onde morava André Albertini (um dos travestis que teria tentado extorqui-lo) pegou fogo, morrendo um amigo de André. Em julho de 2009 foi a vez de Albertini falecer. Uma estranha morte (supostamente tenha sido causada por uma meningite) e que passou quase despercebida pela mídia. A blindagem de Ronaldo é tão impressionante que nem este lamentável e caricato episódio é usado pelas torcidas adversárias para irritar o craque. Pelo visto Ronaldo Luís Nazário de Lima escolheu certa a nova carreira. Associando-se com a gigante britânica WPP, Ronaldo fundou a 9ine, agência de marketing. Deve vir a vender tanta roupa e suvenir que até perna de pau furando em bola vai virar tela de camiseta!


De volta para o campo, sem grandes novidades

Os torneios mais importantes no Brasil no primeiro semestre, não houve grandes surpresas. A Copa do Brasil teve os clubes ditos grandes garantindo a classificação no primeiro jogo. Na Libertadores não houve derrotas dos brasileiros embora Santos,Internacional e Fluminense frustraram um pouco suas torcidas e ficaram no empate. O Cruzeiro passeou e fez 5x0 no Estudiantes de La Plata mostrando que o futebol argentino segue em decadência. Em Porto Alegre, o Grêmio aplicou 3x0 no Oriente Petroleiro da Bolívia e começou bem a caminha rumo ao tri.

Dijair Brilhantes é estudante de jornalismo e Bruno Lima Rocha é editor de Estratégia & Análise






voltar