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A estabilidade democrática e a cegueira midiática


O presidente boliviano, Evo Morales, e seu vice, Alvaro Garcia Linera, capitalizam os anseios da Assembléia Constituinte, demanda popular que vinha de muito antes da eleição do MAS.

Na última, 27 de novembro do ano da graça de 2007, assiti o comentário da colunista de economia da TV Globo, durante o jornal Bom Dia Brasil, Míriam Leitão, abordando os tumultos em Sucre, Bolívia e na Venezuela a poucos dias do referendum da Reforma Constitucional. Viu-se diante do espelho neoinstitucionalista.

Explico. A versão de teoria política aplicável para o receituário do neoliberalismo é o chamado neoinstitucionalismo. As duas escolas de pensamento filosófico ultra-liberal, mas aplicando linguagem econômica ou economicista, se deram na Europa, com Hayek e em Chicago, com Friedman. O quartel-general de Mont Pélerin, centro irradiador desta forma de pensamento anti-estatista (ao menos de seu lado esquerdo, o da regulação e suporte social), teve um braço político, formulador e operacional.

Todos os sábios do minimalismo democrático deram seu quinhão para a liberdade controlada e o pacto social, tendo como premissa o constrangimento estrutural e o jogo de soma zero. Diante de tanta convicção filosófica,que como discurso legitimador funciona que é uma beleza, uma escola se afiliou publicamente ao pensamento neo-neo. Trata-se da chamada Escola de Virginia, com o teórico – também economista, James Buchanan – e seu libelo contra a “burocracia estatal”. Ou seja, a mediação de servidores técnico-administrativos e suas tentativas de cercear a liberdade de empreendimento.

Voltando ao Continente, nesta bela manhã de 3ª, com o sol radiando sobre os Morros da Aparecida e Santana, na divisa do Porto dos Casais com a Vila Setembrina, uns poucos compreenderam a dose de horror que a América Latina, tal e como ela é; causa sobre a identidade político-econômica de Míriam Leitão. Os eventos de Sucre eram previsíveis e o “arranjo democrático” de Punto Fijo na Venezuela era uma piada de horror... Chuva de petróleo regado a champagne e uma sociedade de usos e costumes onde 20% tinham renda com padrões nababescos, indo passar o fim de semana em Miami, mientras tanto, la cholada quedaba comiendo caca y viviendo por suerte.

Bastava com ler o Latino-Barómetro, ainda nos dados de 1995 para notar a fragilidade da democracia neo-neo em terras de Bolívar, Miranda, Abreu e Lima e cia. Como os novos cães de guarda só lêem aquilo que lhes agrada, e muito, abunda a cegueira “analítica”. Não foi falta de aviso.... Lembram-se da marchinha:

“Marchou com Deus pela democracia, agora chia, chia!!!”

Nota originalmente publicada no portal do jornalista da Boca do Monte Claudemir Pereira.

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