Essa nota é curtinha e é do pago. Na semana passada, a diretoria do Movimento Tradicionalista Gaúcho, juntamente com seu Conselho, finalmente retomou a luta pública no Rio Grande. Em episódio histórico, o movimento sócio-cultural que agrega 1 em cada 10 gaúchos, isto sem contar os gaudérios além-fronteiras, posicionou-se ao lado do município de Viamão, Caxias do Sul, Farroupilha e outros pagos com cancelas das empresas que compõem a Associação Gaúcha de Concessionárias de Rodovias (AGCR).
Isto é um feito histórico, pois desde a Campanha da Legalidade e os Grupos dos Onze, comandados pelo ex-governador do RS e do Rio de Janeiro, Leonel de Moura Brizola, que os tradicionalistas não se engajam. É cedo para apontar resultados concretos dessa aliança e coordenação, mas que vai dar barulho ah isso vai.
Indo além da notícia, o significado desse posicionamento é emblemático e fundamental. O homem não se reconhece sem identidade. As eleições aqui são recheadas de bons debates e gente de a cavalo. E agora, como fica o Piratini? Chama o MTG para comemorar a derrota na guerra contra o Império Luso-Brasileiro mas não o escuta na luta contra a privatização dos caminhos daqui? Vejam abaixo a importância dada ao tema rodovia pelos tradicionalistas. A fonte é a própria página do MTG, dentro da subseção “Plano de Ação Social”.
DENOMINAÇÃO DAS RODOVIAS ESTADUAIS
É natural que, para simplificar trabalhos que vão desde o mapeamento até outros motivos, nossas rodovias tenham denominação meramente numerológica. Mas por que motivo não se lhes dar a denominação de figuras exponenciais do passado Rio-grandense? Qual o motivo pelo qual não reverenciarmos nossos caminhos principais com os nomes daqueles que ou desbravaram certas regiões, nelas criaram condições de vida ou pelas suas cercanias, muitas vezes enfrentando todos os rigores atmosféricos e do assalto constante dos inimigos, fizeram, com seus cavalos, espadas e garruchas, Pátria daquele pedaço de chão?
Nada temos quanto à denominação de ilustres estrangeiros que vieram colaborar para o nosso desenvolvimento, como Saint Hilaire, Von Koseritz e outros (até agora pouco lembrados), mas somos frontalmente contrários ao agringalhamento denominatório que se passou a empregar de algum tempo para cá, reverenciando nomes que apenas influenciaram no sentido de que se conseguisse alguns punhados de dólares para o melhoramento de algumas das nossas rodovias, à custa de juros altíssimos que empenharam sacrifícios, suor e lágrimas de diversas gerações de gaúcho
Obs. final: Luta policlassista ou cívica, durma-se com um barulho desses!