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O dólar queimando a economia mundial


O dólar furado nos faroestes macarrônicos remonta a outra era da economia mundial; hoje, no período da ciranda e jogatina digital, petróleo escasseando pra valer e as corporations governando desde a Casa Branca, a moeda dos EUA queima a economia mundial em sua esteira. As teses macro econômicas do Fed é que estão furadas.



Introdução para a Nota

O contador, especialista em tributação e macro economia João Pedro Casarotto, enviou-nos na semana passada um comentário que fora publicado em dois portais bastante respeitados. Um mais analítico e outro com perfil jornalístico. Sincera e honestamente, cada vez mais a diferença entre ambos campos é ínfima ou imperceptível. Bem, voltando às palavras de João Pedro, seu comentário sobre o peso gravitacional que o poderio dos EUA impõe ao mundo opera também nas teses fajutas e loucas, ancorando a irresponsabilidade e concentração econômica operada a partir e de dentro do Império, botando na parede qualquer chance de multilateralismo e já por conta, emparedando uma possível “aventura política” com Barack Obama. É o sinal do risco eminente caso apareça algum outro Camelot corretamente interpretado por Noam Chomsky.

O dólar arde porque os generais de poltrona e controles eletrônicos não darão trégua e as portas giratórias continuarão a girar. E cabe ao mundo pagar a conta, sob ameaça de porta aviões e cia. em nome da “liberdade e da democracia”. Sigamos com atenção às palavras deste homem honesto e sábio e que sabe o que diz e afirma sem medo aquilo que quase ninguém quer dizer.

João Pedro Casarotto diz:

Quinta-feira, 20 março 2008 às 4:23 pm, este comentário publicado no blog do Le Mond Diplomatique Brasil; e depois republicado no portal de Luiz Carlos Azenha, no

É preciso aprender com a psiquiatria: se não estamos nos sentido bem e queremos mudar o primeiro passo é conhecer e reconhecer a nossa doença.

A aparente fraqueza do dólar é justamente a maior demonstração da sua força, pois ele está impondo aos demais países o pagamento da conta do ajuste do déficit comercial e das irresponsáveis aventuras financeiras, dos mercados norte-americanos.

A proximidade das eleições norte-americanas tem papel preponderante na decisão de “arrumar” a casa, que visa não só fazer a faxina, mas também aproveitar os últimos momentos para colocar uma pedra sobre o ciclo da farra.

Ou seja, só está sendo aplicado o “freio de arrumação” que além de aglomerar na marra os passageiros mostra quem está no comando.

É como nas guerras “cirúrgicas”, no fim apresentam a conta para todos. E todos, mansamente, porque não têm alternativas, pagam!

Sempre soubemos que o neoliberalismo com a sua eficácia dos mercados era pirita, pois eles querem o Estado para arrecadar impostos, que devem ficar disponíveis para proteger seus ganhos.

Logo eles irão inventar outra tese para substituir a que está naufragando, mas que gerou enormes ganhos para eles e a maior concentração de renda já ocorrida no mundo, inclusive nos EUA. Eles são pragmáticos; nós é que entramos na fria de ficar discutindo as teses fajutas deles.

No momento, estamos presenciando a mais pura demonstração da supremacia dos irmãos do norte.

Alguns exemplos:

1. vendem seixo a preço de brilhante (papéis do subprime);

2. obrigam os concorrentes a injetar recursos em suas empresas atoladas em enormes prejuízos;

3. provocam uma colossal transferência de renda das demais economias para a sua, via juros, dividendos e lucros;

4. sustentam falsos oráculos da economia mundial, como as empresas de rating com suas falsas avaliações;

5. desdenham o apelo dos impotentes aliados que imploram um mínimo de moderação no seu ajuste;

6. forçam a ampliação dos mercados internos dos parceiros para que estes absorvam o excedente da sua parada estratégica, sem nenhuma preocupação com a inflação daí decorrente;

7. equilibram a sua balança comercial mediante o aumento das exportações de suas empresas sem competitividade e sem mercado interno; etc.etc.

Inadvertidamente alguns vendem o sonho da breve quebra da hegemonia econômica dos EUA e a conseqüente deterioração do padrão-dólar. Puro ilusionismo; hoje ninguém tem força para tanto, pois o Yene e o Euro já ajoelharam e o Yuan está começando a flexionar os joelhos. O nosso sonho de testemunhar a queda do império está longe de acontecer.

Dois exemplos de sonhos que também, para alguns, “indicavam” a queda do império:

1) FATO: o desmonte da União Soviética e o fim da bipolaridade mundial, SONHO: iniciar-se-ia a formação de vários blocos mundiais (América, Europa, Árabes, Oriente) iniciando a era da multipolaridade mundial;

2) FATO: ataque às torres gêmeas, SONHO: o império reconheceria a sua fragilidade e passaria a ser mais solidário com o resto do mundo.

Esta hegemonia outorga ao Dólar as categorias de parâmetro e de reserva internacional que são definidoras da economia dominante. Portanto pensar que os EUA, com sua exuberante hegemonia militar, permitirão ameaças a sua moeda não é sonho, é alucinação.

Se este sonho for comprado por alguns é certo que logo os veremos chorando como aconteceu nas crises cambiais do final das décadas de 70 (Resolução 63) e de 90 (leasing de automóveis). Creio que, nas atuais circunstâncias, quem tomar empréstimos de longo prazo em dólares entrará numa canoa furada.

Assim como no filme famoso, na vida real também o dólar furado salva o mocinho. A única diferença é de que no filme a moeda foi furada pelo bandido e na vida real ela foi furada pelo dedo do proprietário do patacão.”

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