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Factóides da demagogia futeboleira Porteña-Portoalegrense


Antônio Britto, com as cores de seu time, pode receber os holofotes perdidos na privatização do Rio Grande e na quebra da indústria coureiro-calçadista.



Durante a Copa do Mundo da Alemanha, tive a oportunidade de escrever três artigos a respeito das mesclas de futebol e política. No primeiro da série, que se encontra nesta página e na do Noblat, abordei dois personagens, Macri e Odone. Leia-se, o atual intendente eleito da Capital Federal da República Argentina e presidente do Club Atletico Boca Juniors Mauricio Macri. E, no caso do advogado e latifundiário do pago, trata-se do ex-líder do governo Antônio Britto no parlamento do Rio Grande, ex-vereador da Câmara da Mui Leal e Valorosa cidade imperial de Porto Alegre e atual deputado estadual na base de apoio da professora de economia da UFRGS, a tucana Yeda Crusius.

Após a conquista da Libertadores, o atual caudilho político, gorila e dublê de empresário Macri, menemista à morte e da turma de Martínez de Hoz, vencera o candidato kirchnerista no segundo turno da capital latino-americana do drama e da poesia melancólica. Macri ganhara apoiado na quintessência do peronismo manzanero, pegando carona nos lances do craque Riquelme e na paixão boquense. Sua legenda, capitaneada por Carlos Saúl Menem, há de se deparar com o ex-governador de Santa Cruz representado por sua esposa e operadora política, La Reyna Cristina. Briga feia se acerca da vizinha hermana.

No Rio Grande cada vez mais argentinizado, desregionalizando sua economia à la Menem, Paulo Odone tira da cartola uma jogada de mestre. Convida o conselheiro do Grêmio de Football Portoalegrense, o “doutor” Antônio Britto, ex-CEO do Grupo Azaléia, assessor de imprensa de Tancredo Neves, ministro da Previdência de Itamar e governador dos gaúchos, a sucedê-lo no Grêmio. O amor com amor se paga, a partir da paixão ferrenha e anti-crítica manifestada na final da Taça Libertadores, navegando pela internet pela mala direta de mais de 50.000 endereços eletrônicos de sócios e amantes do Imortal Tricolor, Odone produz um factóide brilhante.

Ressuscita Britto para a vida pública, este que batera recordes de rejeição e desindustrializou o estado, agora terá a chance de expressar sua “paixão”, ganhando mídia todo santo dia. O ex-presidente do Grêmio Hélio Dourado, em cuja gestão foi erguido o Olímpico, afirmou que o natural de Livramento não compareceu sequer a 10 sessões do Conselho em mais de 10 anos. Uma sessão por ano e lhe entregam, de forma indireta, o cetro da paixão que divide o Rio Grande. Enquanto reinará, Odone busca o Grêmio Empreendimentos, criando um factóide ainda maior, pondo abaixo o estádio na Azenha e ocupando o que resta de espaço no norte, no Sarandi decadente sendo revalorizado.

Maurício Macri ao lado de Gabriela Michetti, erguendo uma bandeira própria do senador Menem, o Partido para Una República con Oportunidad (PRO) – Compromiso Para el Cambio, quer realmente abrir uma “janela de oportunidade” no oportunismo político de manipular o futebol de forma grosseira. Derrotara ao ministro da educação Daniel Filmus, mas não consegue “desaparecer” com os fantasma de Cabezas e Yabrán, que certamente vão planar sobre seu mandato. En el lado de acá, Britto e Odone terão outro fantasma, chamado CRT, a flanar sobre seus cérebros meticulosos.

Mas, será, e digo será com tom de dúvida e esperança, que a imensa torcida tricolor se deixará levar por uma manobra tão explícita?

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