Imaginemos uma seguinte situação. O dinheiro público sendo aplicado para financiar e servindo como catapulta para o potencial produtivo das famílias do RN. Nesta suposição trabalhamos com uma tipificação ideal.
A manga por exemplo. Mangueiras imensas, lindas e floridas pupulam pelo litoral e o agreste. Cheias, recheadas de frutos. Saem como produto de exportação, e ainda que mantenham o preço para o mercado local, seu destino não é a mesa do potiguar. Esta mesma manga, se beneficiada em modelo cooperativo, poderia sobreviver graças às compras de governo.
Mais, passando pela BR-101 e outra estradas estaduais, verificam-se plantas financiadas pelo Banco do Nordeste Na frente destas, placas publicitárias giganets afirmando quantos empregos são gerados ali. E, o fornecimento destes refeitórios financiados com dinheiro público? A quem pertence esta verba?
A manga financiada, cultivada baixo modelo agro-ecológico, beneficiada na cooperativa local. Estas, no entorno das plantas fabris, também fornecem a mão de obra para o serviço de copa e cozinha industrial das fábricas erguidas com o erário público.
Para cada emprego direto, sabe-se uma média de ao menos mais 1 emprego direto. A equação seria distinta. Um emprego direto gera, a cada 30, mais um emprego direto, sob controle dos cooperados. E desta soma, mais empregos indiretos.
Dei o ex. da manga, mas este se reproduz em demais produtos primários passíveis de serem beneficiados a baixo custo. O detalhe é que este tipo de política econômica não cai do céu e nem vem à terra sob a caneta dos oligarcas.
Sabe-se em toda a América Latina, RN incluídos, que estas políticas são fruto das vontades de classe organizada. Algumas variáveis já foram testadas para estas conquistas, mesmo que parciais. As Ligas Camponesas que o digam.