O senadorEduardo Azeredo, pelo PSDB de Minas, ex-governador daquele estado e até esta semana presidenta nacional dos tucanos, teve de abdicar de seu mandato. Assume no tampão José Serra e depois, através de composição na interna das forças tucanas, o senador Tasso Jereissati (CE).
Azeredo caiu pelo mesmo Valerioduto que derrubou Delúbio e pôs o PT e seu governo em crise. A resposta do PSDB é uma CPI do Caixa 2, só no Senado, onde o governo não tem maioria e vai apurar as eleições nos estados onde o governo ganhou ou teve aliados vitoriosos. Óbvio que a maré pode virar, e atingir de forma indiscriminada. A necessidade é munição para combater ao PT, que declarara guerra aos tucanos, já tirou do sério o PFL com a história do Herr Bornhausen.
Estas CPIs geram mais em mais e munição, mas reformas sistêmicas são impraticáveis a partir delas. Basta observar que Ibrahim Abi-Akel está na mesa de CPI e o ex-cartola da Portuguesa de Desportos, ex-homem forte de Collor e deputado federal por São Paulo Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), inimigo de morte de Maluf (por ser rival nas mesmas práticas) faz pose de moralista e argüidor. Agora, o Planalto botou o PSDB nas cordas achando que lidava com a elegância de FHC e a calmaria de um Franco Montoro.
Ledo engano, vem aí o trator carcamano Serra e seu homem de confiança no Senado, o faixa-preta 2º grau de Jiu-Jitsu Artur Virgílio. Quem inventa agüenta.