Estrat�gia & An�lise
ISSN 0033-1983
Principal

Artigos

Clássicos da Política Latino-Americana

Coluna Além das Quatro Linhas

Coluna de Rádio

Contenido en Castellano

Contos de ringues e punhos

Democracy Now! em Português

Democratização da Comunicação

Fale Conosco

LARI de Análise de Conjuntura Internacional

NIEG

Original Content in English

Pensamento Libertário

Publicações

Publicações em outros idiomas

Quem Somos

Sobre História

Sugestão de Sites

Teoria



Apoiar este Portal

Apoyar este Portal

Support this Website



Site Anterior




Creative Commons License



Busca



RSS

RSS in English

RSS en Castellano

FeedBurner

Receber as atualiza��es do Estrat�gia & An�lise na sua caixa de correio

Adicionar aos Favoritos

P�gina Inicial












































Artigos
Para jornais, revistas e outras mídias

Abrindo os bancos do Estado para os investidores do turismo


A terra dos potiguares sofrendo "nova colonização" 500 anos depois de iniciada a primeira.

Seguindo as homenagens e a tomada de contato com algumas cidades nordestinas, um fato nos faz cair o queixo. Estamos falando da Natal, encantadoramente bela e com gente trabalhadora e teimosa desde os tempos dos potiguares originais.

Hoje a capital do RN é o cenário mais valorizado do turismo na região. E as agressões sofridassão do mesmo estilo do ocorrido no Ceará. Desnacionalização, ataque especulativo e ultra-valorização mobiliária. Para se ter uma noção; hoje o m² na praia de Pipa (litoralsul)ultrapassa R$ 8.000,00. Sai mais caro do que na Avenida Paulista em São Paulo capital e do que na Vieira Souto, no bairro carioca de Ipanema.

A mesma inflação se dá nos novos e luxuosos edifícios natalenses. Apartamentos oscilando em torno de R$ 1 milhão e meio de reais, para cima. Como a população daqui não tem tamanho poder executivo, e a oligarquia, além de pequena, já tem seus váriospedacinhos do céu, a saída provêm de além mar outra vez.

Algumas construtoras atuam em consórcio com capitais transnacionais, simultaneamente saem vôos semanais fretados diretos de Londres, Amsterdam e Roma; além dos nossos patrícios portugueses de sempre. Resultado: desnacionalização do território ao ritmo de um alazão galopante.

Que a oligarquia é associada, isto todos já sabemos. Que o dinheiro do BID ajudou na reurbanização da capital potiguar, aliás, muito bem feita, também já sabíamos. Mas, aplicar o Fundo Constitucional para o Nordeste, verbas do BNDES e do Banco do Nordeste (BnB), aí é novidade.

Detalhe, estes fundos foram também para financiamentos de hotéis de 4 ou 5 estrelas; além de flats, apart-hotéis e residence services de luxo. Por mais que estas iniciativas tragam recursos, o estado do Rio Grande do Norte produz bem mais do que city-tours.

Detalhe, ao mesmo tempo que o BnB financia hotéis de luxo, pequenas línguas de esgoto desaguando em Ponta Negra (ínfimas é verdade), insistem em lembrar que esta região - o NE -tem a maior disparidade de renda do país.

Quando a história se repete ciclicamente, esta torna-se tragédia e farsa como "novidade". No momento, o BNDES insiste em abrir seus cofres para os investidores amigos. Seja no absurdo de não financiar a Furnas nas compras de hidrelétricas, seja no absurdo ainda maior de bancar do bolso do contribuinte hotéis de luxo subsidiados.

A conta eleitoral das duas famílias que coligadas dominam a política local, os Alves e os Maias, engorda indiretamente com essas manobras. Patrimonialismo é pouco para definir conceitualmente esta situação.

enviar
imprimir






voltar