Com o recuo do presidente Fernando Carvalho, ficou clara e direta a relação de domínio que o ex-genro de João Havelange tem sobre o futebol brasileiro. Infelizmente, o cartola colorado, reiterou o óbvio. Gritou, esperneou mas acabou se rendendo.
Que a instituição Internacional retire a ação da justiça comum, até é tolerável. Mas que sua diretoria pressione ao torcerdor e funcionário do conselheiro Carlos Papaléo, o também advogado Leandro Konrad, a retirar a sua ação na justiça comum, é algo que beira o absurdo.
Cabe ao torcedor exercer o estatuto do torcedor, correto? Errado. Ao menos segundo a família Teixeira, onde Ricardo e seu irmão, Marco Antônio, mandam e desmandam na CBF. Embora seja uma entidade de foro privado, pessoa jurídica própria, a Confederação representa o que de mais universal tem no povo brasileiro.
Assim como Havelange, Ricardo Teixeira não sabe sequer chutar uma bola. Aparece no final dos anos 80, após desastrosa gestão de Otávio Pinto Guimarães, cujo homem forte era Nabi Abi Chedid. OTG, o "pantera cr de rosa", já se foi, mas Abi Chedid continua mandando. Haveange segueu mandando, e com seus asseclas, dirige a CBF com mão de ferro.
Fernando Carvalho e sua diretoria deram para trás, tanto no institucional como no pessoal. deveria ter lembrado que grandes causas exigem grandes esforços. Uma semana sem dormir é pouco para limpar o futebol brasileiro, paródia da política e onde o "amor ao clube a seleção" sempre rende dividendos aos cartolas.
"Morro seco mas não me entrego" diria o gaúcho. Mas, se fueron los gauchos y quedó la polícía no más. La yuta e a cartolagem. A massa colorada, espera a solução através de sua popular de guarda alta.
E que venha o dossiê do conselheiro Papaléo.