As câmaras de TVs registraram um debate polêmico entre dois senadores. De trás da mesa da presidência, o alagoano Renan Calheiros é interpelado pelo potiguar José Agripino Maia. No momento são rivais. Na trajetória política, muito se assemelham.
Acuado, contra as cordas, Renan devolve. Diante dos holofotes, fala aos gritos o que todos supõem. Contra si, a mira da revista Veja, e o grupo Civita-Naspers Limited como porta-voz dos cansados. Calheiros vive o inferno astral e potencializa o desdém para com a Câmara Alta. Agripino treme de indignação diante da acusação sem provas. Sinceramente, ou desaprenderam a acusar, ou são mestres do blefe. Nas duas hipóteses, o país sai perdendo.
Para solucionar tamanho problema, mais do que argumentos tipo Jânio Quadros, a saída seria institucional. Um pacto coletivo de abertura de sigilos fiscal e bancários. Pronto, seria o fim das acusações sem provas.
Resta saber se a internet brasileira e a indústria gráfica comportariam a demanda por papel e servidores. Com farta munição e materialidade, ia sobrar para tudo e todos.