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O Estado e a Rocinha


Até quando este bairro seguirá sendo um território em disputa? Até quando os 200 mil moradores serão vistos como cidadãos sob suspeita?

A última madrugada de 4a. para 5a. marcou mais uma tragédia para o povo do Rio de Janeiro. Estoura outra batalha de uma guerra sem fim, sem pé nem cabeça. Um "bonde" "invade" um morro que já tem "dono". Os "donos" do Morro reagem, e tiros correm por vielas e ruas, toda a noite. A polícia está ausente e não faz incursões noturnas.

Se e caso o mesmo fato ocorresse no bairro vizinho, São Conrado, tudo seria diferente. A polícia entraria em ação a qualquer hora do dia e da noite, com ou sem altos níveis de risco. Portanto, como explicar?

Uma pergunta têm de ser feita e de forma direta:

- O Estado é ou não responsável pela segurança e bem-estar de TODOS os seus cidadãos?!

Se a resposta for sim, então o Estado faliu no Rio de Janeiro, e há muito tempo. Quando uma parcela significativa de um território sob governo autônomo não obedece mais aos controles dos poderes estatais, tecnicamente essa área torna-se um santuário ou área liberada para um grupo opositor. No Rio não chega a tanto, mas é um local de disputa, onde a hegemonia é momentânea e conquistada a bala.

Das 4 redes de quadrilhas, chamados de "comandos", operando no Rio, o mais recente deles foi capa do conservador jornal O Globo e denunciado por ser composto somente por ex-policiais. No ano de 2000, era visível nos muros do Complexo da Maré, pichações onde estava escrito:

Comando Azul chegou! Na gíria, o comando azul é em função do uniforme da PMERJ. Tratava-se da chegada do 22o BPM, transferido de Benfica para aquela mega-favela.

Tamanha semelhança vai além do Santo padroeiro comum, São Jorge, O Guerreiro. Tão parecida que torna-se promiscuidade, como é o caso da relação cínica com a banca do jogo do bicho.

Mas, se o Estado não faliu e nem abriu mão de defender a TODOS os seus cidadãos, então só resta uma conclusão lógica. Os moradores de zonas favelizadas na cidade do Rio de Janeiro e sua Região Metropolitana não são considerados cidadãos plenos de direitos e deveres.

Sendo tecnicamente tratados como cidadãos de 2a categoria, o Estado e seu braço armado terminam por perder o direito de mando sobre aqueles/as a que o mesmo Ente se recusa a governar.

Especificamente o Rio de Janeiro não é a cidade mais violenta do país. Nem tampouco a 2a, não está nem entre as 20 mais violentas. Se comparada, a violência mais organizada carioca e fluminense, está girando em torno da exclusão social e da ilegalidade capitalista, atesta o que afirmei acima.

O Estado não faliu. Simplesmente o Estado têm dono, e estes não se localizam nas regiões de favela e periferia da "Cidade Maravilhosa"!

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