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EUA no Oriente Médio: defendendo os direitos humanos com duplo discurso

presstv

John Kerry aparece na tela da emissora iraniana prometendo combater o ISIS; para tanto, o secretário de Estado acena com a reconstrução do confessionalismo político no Iraque, o que implica uma necessária concordância do Irã.

Bruno Lima Rocha, para o Jornalismo B, segunda quinzena de agosto de 2014

 

O Oriente Médio é um xadrez motivado pelo pior realismo mesclado com interesses geoestratégicos. Vejamos porque através da posição dúbia dos EUA. Israel entrou em guerra “preventiva” contra o Hamas, organização político-militar de fundamentação religiosa e que governa a Faixa de Gaza desde 2006. O saldo do conflito foram cerca de 50 israelenses mortos e mais de 2000 palestinos eliminados fisicamente. A estrutura de Gaza foi destruída com a aplicação da estratégia “terra arrasada”. Esta forma de combate vem da política de Reagan e seus aliados centro-americanos contra as guerrilhas de El Salvador e Guatemala nos anos ’80. A postura dos Estados Unidos – ardoroso e autodeclarado protetor dos direitos humanos - foi tímida diante da supremacia bélica e tecnológica do Estado de Israel. O país fundado por pioneiros sionistas como Ben Gurion é o único no planeta com poder de veto dentro de Washington. E por isso, a política dos EUA para o Oriente Médio tem, literalmente, dois pesos e duas medidas.

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O Hamas é uma organização integrista sunita e com um histórico de bom relacionamento com os jihadistas xiitas, em especial com as forças operando no Líbano (Hizaballah) e o Estado Persa (Irã). O “Movimento de Resistência Islâmica Palestina” (Hamas), é oriundo da Irmandade Muçulmana egípcia e, dificilmente se converterá em uma opção política viável como o partido islâmico turco, AKP. Na escala dos inimigos da democracia (liberal) planetária – classificação do Departamento de Estado - os integristas palestinos ocupam uma posição destacada. São inimigos incondicionais de Israel, o que de fato representa uma condição de intolerância, mesmo sendo este Estado uma potência regional invasora e não cumpridora das Resoluções da ONU de 1967.

 

Para legitimar sua presença no Mundo Árabe, para além da garantia da troca de “ouro e armas por petróleo barato”, o governo Obama deveria – no mínimo – ser fiador dar garantias dos Acordos de Oslo (traçados em 1993 e ratificados em 1994, sob governo Clinton) e viabilizar um Estado Palestino nos Territórios Ocupados. A administração Obama nada faz de concreto neste sentido.

 

Agora, os EUA querem intervir no Iraque relegado à própria sorte por seu governo. Infelizmente, a defesa humanitária e incondicional de assírios, yázidis e demais minorias na antiga Mesopotâmia são o pretexto alegado para defender as reservas e plataformas de petróleo localizadas no território do Governo Regional Curdo (KRG), localizado ao norte do fragmentado Iraque. A organização jihadista sunita, conhecida como Estado Islâmico (um racha da Al-Qaeda) está promovendo uma bárbara limpeza étnico-religiosa na fronteira da área sob hegemonia curda. A frente de combate anti-integrista é justamente no corredor de acesso às instalações petrolíferas que garantem as receitas do quase independente Curdistão iraquiano. O KRG, composto por oligarcas e conservadores curdos, é um aliado estratégico de Israel na região. Mesmo não querendo, os EUA se viram obrigados a intervir.  

 






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