O trabalho de contra-inteligência seguiu nesta madrugada, depois das 2:30 da manhã, na praça de pedágios da Univias, na RS 040.

O horário de 2:30 da manhã da 6a feira 24 de fevereiro é emblemático. Segundo relato de brigadiano lotado no Policiamento Rodoviário e entrevistado pela RBS, a viatura de plantão na praça de pedágios havia recém saído do local. Poucos minutos depois vêm uma moto, debaixo de chuva, com um piloto e um carona.

O uso da moto também emblemático, porque na cancela das motocicletas não conta com sistema de CFTV. Os profissionais da ação deram tiros para o alto e atiraram dois coquetéis molotovs. O detalhe é que o clima estava húmido, chovia no momento da ação e os molotovos teriam de ser acendidos com a moto em movimento. Apenas este dado, somado ao vento e a chuva, impediria o acendimento, pois em função do vento a mecha fatalmente não acenderia.

Mas, se calmamente os operadores partiram depois da viatura da BM, e com cobertura, prenderam fogo nos dois coquetéis e depois partiram em direção das cancelas, neste caso a situação é outra. Seguindo nos detalhes e contradições, como pode um mesmo caroneiro atirar e acender dois coquetéis molotovs?! Simplesmente não pode. Ou seja, outras pessoas estavam no apoio da ação.

Considerando o nível repressivo da área, alguém em sã consciência imagina uma ação coordenada por mais de 5 pessoas, sendo executada por militantes do movimento popular da zona? Este analista não crê nisso assim como também não crê nas versões de suicídio de Vladimir Herzog e Manoel Fiel Filho.

A ação de ontem foi executada por profissionais a soldo dos interesses privados da concessionária. Se eram ou não policiais civis ou militares não se pode afirmar. Mas, que houve falha na segurança e isto é suspeitíssimo, isso é afirmável.

Dentro de 2 hs. inicia o ato cívico na Praça da Igreja Matriz de Viamão e na sequência partem todos em carreata rumo às cancelas. Se tudo correr bem de tarde, quais serão aso novas surpresas da AGCR e da Univias, tendo a soldo profissionais de segurança pública pagos também pelo erário público?!

Poderão estas manobras isolarem e derrotarem a vontade popular?!