Para quem vem da geração dos anos ’80, o álbum Legião Urbana 2 trás alguns rock-pops de cotidiano. Um deles, Eduardo e Mônica, sucesso de Renato Russo, Dado Villa Lobos, Marcelo Bonfá e Renato Rocha, retoma em sua versão pós-moderna. Sai o amigo da banda brasiliense, Eduardo, e entra o equilibrista e senador pelo PMDB de Alagoas, Renan Calheiros.
A Mônica, ao invés de uma jovem precoce e culta (estudava medicina e fã de Jean Luc Godard), fez uma breve carreira como leitora de tele-prompter, com aquele senso crítico típico das Musas da TV. O que Brasília fala e repete, da trajetória afetiva da bela morena, cruza sua vida com um falecido deputado da UDN. Mesmo sendo temerário como costumo ser, deixo o Malvadeza de lado para não me incomodar ainda mais.
Voltando para a fauna planaltina, o debate nas comissões do Congresso passam por chavões e apelidos como Pedro Bó, neologismos como Zé Goiaba e os já constantes elementos de tráfico de influência cruzado com nepotismo, regado a documentos fraudados, aliás, grosseiramente fraudados.
No final das contas, reforma política com lista fechada, pior do que o bode na sala termina sendo a panacéia da lei de ferro das oligarquias partidárias. Para delírio da demência neoliberal com pretensões científicas.