Com o início dos procedimentos de ingresso da Venezuela ao Mercosul, os interesses dos EUA se encontram em franca hostilidade. Como era de se esperar, as reações no Brasil são as mais diversas, e muitas em contra.
Assim como pusemos na legenda da foto do último artigo, é a força da realidade dando vigência a nossa teoria complexa. Os interesses comerciais, de aporte de insumos, de bens de primeira necessidade, aumentando o crédito, a liquidez, os investimentos Sul-Sul aumentam de forma enorme, com um gigantesco raio de manobra.
Mas, mesmo assim, os capitais que operam no Brasil, sejam "nacionais" ou multis, estão de cabelo em pé. Não passa nada se empresas financiadas pelo Estado brasileiro se instalem na China. Mas, associar-se a um país com regime político desequilibrado - segundo os clássicos do (neo)liberalismo) - aí tudo bem.
Do contínuo a Condoleeza Rica, todos no Departamento de Estado sabem que regime político é uma coisa e modo de produção econômica/estratégia de acumulação e crescimento são outras coisas. Sem faltar com a modéstia, tem muito "especialista" precisando de reciclagem.
Por alguns milhares de dólares dentro de alguns anos estes mesmos "especialistas" poderão fazer open seminars com a madame Rice. Isto, se ela não se tornar presidente antes. Mas, como insiste a academia brasileira, será mais uma análise post-factum.
Aí não tem graça. A análise é na hora, acertando ou errando. Depois é depois, como diria o centroavante da várzea. E, com todo respeito a nossa querida tradição varzeana, lugar de peladeiro é no aterro e não na cancha grande, por mais que tenham padrinhos fortes.