Estrat�gia & An�lise
ISSN 0033-1983
Principal

Artigos

Clássicos da Política Latino-Americana

Coluna Além das Quatro Linhas

Coluna de Rádio

Contenido en Castellano

Contos de ringues e punhos

Democracy Now! em Português

Democratização da Comunicação

Fale Conosco

LARI de Análise de Conjuntura Internacional

NIEG

Original Content in English

Pensamento Libertário

Publicações

Publicações em outros idiomas

Quem Somos

Sobre História

Sugestão de Sites

Teoria



Apoiar este Portal

Apoyar este Portal

Support this Website



Site Anterior




Creative Commons License



Busca



RSS

RSS in English

RSS en Castellano

FeedBurner

Receber as atualiza��es do Estrat�gia & An�lise na sua caixa de correio

Adicionar aos Favoritos

P�gina Inicial












































Artigos
Para jornais, revistas e outras mídias

Espionagem e crise política no Rio Grande


O ex-presidente da Federasul, Paulo Afonso Feijó, insinua que tem a capacidade de apresentar as provas materiais que levam ao envolvimento da pessoa física da governadora Yeda Crusius,



Bruno Lima Rocha

11 de junho de 2008; Vila Setembrina dos Farrapos; Continente de São Sepé; Liga Federal de las Patriadas de Facundo Quiroga

No dia 26 de maio o vice-governador do RS Paulo Afonso Feijó (DEM), recebeu em seu gabinete – conhecido como Palacinho – ao então Chefe da Casa Civil Cézar Busatto (PPS). Mais do que uma conversa entre executivos do mesmo governo, tratava-se de prosa informal entre um líder empresarial no cargo de vice e um operador político habilidoso. O debate poderia ser parte de qualquer congresso de ciência política. Busatto discorreu sobre o patrimonialismo e o botim do Estado realizado pelos grandes partidos do Rio Grande do Sul. Feijó se mostrou indignado, em seu “papel como homem público”, com o modus vivendi das elites dirigentes gaúchas.

Se fosse outro o ambiente político, esta conversa seria uma a mais. Não foi. Na tarde de 6ª dia 6 de junho, dez dias após a gravação, a bomba midiática “era vazada”, estourando na Assembléia Legislativa já comovida pela CPI do Detran-RS. Um trecho do áudio foi ouvido de forma pública no parlamento, em meio ao caos político.

Busatto que passava de bombeiro a pivô da crise, falou o que todos sabem, abrindo margem para interpretações. O ex-presidente da Federasul procedeu de forma incorreta, porque gravou tudo, sem o conhecimento do interlocutor. É tão nefasta a espionagem como recurso político como é absurdo a cidadania ter de arcar com o sistema de espólio do reparto de cargos e orçamentos. Cada palavra de Busatto tem dupla interpretação e as versões são escandalosas. A diferença está na legalidade do patrimonialismo e na ação criminosa de organizações fraudadoras dos cofres públicos com empresas sistemistas terceirizadas. O clima de denuncismo “evolui” para a desconfiança estrutural, tornando-se crise política profunda.

Paulo Afonso Feijó afirmou para a mídia local ser possuidor de várias outras conversas com membros do governo Yeda. Assumiu que as gravações foram feitas no Palacinho e às escondidas. O vice declarou ter as armas para sangrar o governo do qual fez parte. A crise política se desenrola sem nenhum final previsível.

Este artigo foi publicado originalmente no blog de Ricardo Noblat

enviar
imprimir






voltar