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A respeito da “democracia” colombiana


A Colômbia democrática é tão complexa como o realismo fantástico de García Márquez. A insanidade, o latifúndio, a monocultura e a violência desenfreada tornam desnecessária uma ditadura formal, bastando o regime de força real.



No caso da Colômbia, seu crônico conflito interno colombiano é real contra senso entre oligarquia, imperialismo, monocultura e democracia de direitos. Naquele país, há mais de quarenta anos é mais seguro ser guerrilheiro do que militante de base. Portanto, o direito de oposição e reunião, tão contestado na Venezuela, na Colômbia inexiste. As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC, fundada em 1964), tem suas raízes na derrota militar após o acúmulo político do caudilho Jorge Eliécer Gaitán. Favorito para as eleições de 1949, o ex-ministro da Educação foi assassinado em 1948. Deu-se o estopim de uma guerra política que ganhou sentido social. Os camponeses organizados a partir de ligas de autodefesa conformam uma organização permanente, as FARC. O bandoleirismo social dos anos ’50 passou a condição de guerrilha após o cerco de Marquetalia e hoje é quase uma guerra regular de infantaria ligeira.

A outra força beligerante, o Exército de Libertação Nacional – União Camilista (ELN-UC, 1964), teve parte de suas origens na campanha política pacífica promovida pelo padre Jorge Camilo Torres Restrepo. Ao criar a Frente Unida Popular, tentou romper o pacto Liberal-Conservador conhecido como “Pacto Nacional”. Convocou a abstenção eleitoral e foi acusado de subversão. Em 1965, já marcado para morrer, uniu-se a um pequeno grupo armado cujos fundadores haviam treinado em Cuba e caiu no primeiro combate. A partir deste fato político, o ELN ganhou projeção e se inserta em zonas camponesas, estando ativo até hoje.

Todos os intentos de anistia e participação na vida democrática colombiana levaram a infindáveis massacres. Nos períodos de trégua e legalidade, foram assassinados mais militantes da União Patriótica (UP, fundada em 1985), braço político das FARC, do que guerrilheiros em combate. Outra organização político-militar, esta muito ativa nos anos ’70 e ’80, chamada M-19, se legalizou em 1989 e foi disputar eleições presidenciais. Resultado, logo em 1990, viu seu candidato à presidência, Carlos Pizarro León Gomez assassinado. Hoje é uma força política insignificante no panorama do país.

A estabilidade política e normalidade democrática simplesmente não existem na Colômbia. Uma parte enorme das economias do país deriva do narcotráfico e isso atinge a quase todas as forças políticas, legais e ilegais. Os pistoleiros dos anos ’60, defensores de latifundiários e caciques dos gamonales (base política), se organizaram em bandas de mercenários irregulares. A junção destas bandas resultou nas Autodefensas Unidas de Colômbia, mega-cartel de paramilitares (paracos), intrinsecamente ligados ao narcotráfico e ao plantio de palma africana.

O advogado Álvaro Uribe Vélez é um expoente conservador, correndo por fora e fazendo política à la Fujimori. É um típico exemplo da vigência democrática na Colômbia de Salvatore Mancuso, Diego Fernando Murillo (Don Berna), Vicente Castaño, Julián Montañez, dentre outros “heróis”.

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