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A análise internacional com uma perspectiva libertária – 1

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Uma análise internacional através da perspectiva da liberdade e integração entre povos e não entre Estados está anos luz distante de uma mesa de negociações, por maismultilateral que esta se apresente.

Bruno Lima Rocha para o Jornalismo B, segunda quinzena de novembro, 2013

 

O ofício de analista de relações internacionais escrevendo em uma publicação como esta é um exercício de didatismo. Por um lado, temos a obrigação de expor o Sistema Internacional como este se apresenta, sendo um jogo de forças onde as instituições multilaterais e a presunção da busca pela “paz e a segurança” muitas vezes são uma forma de congelar as realidades de injustiças em escalas globais. Reforçando esta preocupação, também existe o temor de confundirmos as falas.

 

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Quando escrevo ou falo em aula ou debate expondo fundamentos dos estudos estratégicos – em geral – e os paradigmas da geopolítica - em particular – escancaro que o pressuposto teórico-metodológico do Realismo não é o meu absoluto. Não concordo que o mundo da vida seja apenas disputa (competição X cooperação) e tampouco entendo o Estado-Nacional como o único ator relevante no cenário mundial.

O mesmo se dá no objeto de estudo. Uma das obrigações do internacionalista hoje é saber posicionar agentes, atores, grupos de interesse, transnacionais, elites dirigentes e sistemas de crenças no macrocenário do Norte da África, Península Arábica, Golfo Pérsico, Oriente Médio e Ásia Central. E, por mais revoltante que seja a Ocupação da Palestina (e o é), assim como a presença das gigantes do petróleo - sempre acompanhada de força naval e serviços de inteligência - não podemos pressupor que quem as estes se opõem têm projetos compartilhados com alguma perspectiva libertaria. As redes integristas sunitas, wahabitas ou salafistas, são indefensáveis do ponto de vista democrático ou humanista, assim como o projeto de poder xiita encabeçado pelo Conselho de Aiatolás do Irã e o seu grupo satélite Hezbollah nada tem de socialista ou libertador. 

 

Não é de hoje que o pensamento de esquerda se perde em meio à disputa entre Estados. Em 1939, após terrível papel na república espanhola, os satélites de Moscou se desdobraram explicando a “lógica” do Pacto Infame (Ribentropp-Molotov), que assinava o armistício e cooperação entre a Alemanha nazista e a União Soviética de Stálin. Durante a Guerra Fria, estávamos embretados, com a direita localizando-nos como linha de defesa do “ocidente”, debaixo do guarda-chuva dos EUA e os “camaradas” reproduzindo o bloco soviético e a Cortina de Ferro. A opção dos não-alinhados parecia ser a mais interessante, ainda que fosse capitaneada por dirigentes autocratas como o general egípcio Gamal Abdel Nasser. Agora, a tentação é de confundirmo-nos com as projeções russas ou mesmo com uma integração latino-americana que eleja o Plano IIRSA como estratégico. Criticar a supremacia dos Estados Unidos e ser a favor da multilateralidade não é o mesmo que apoiar incondicionalmente governos e regimes.

 

As relações internacionais entre povos, culturas, grupos de defesa das causas universais, movimentos sociais e organizações de esquerda têm de emergir para além da disputa entre Estados, classes dominantes e elites dirigentes.  

 






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