Os moradores do Rio Grande do Sul puderam observar uma notícia no mínimo interessante. Através de um convênio com um projeto do MIT, está chegando de forma experimental um computador pessoal (PC), no formato de notebook, ao custo de US$ 140,00 por máquina. Isto equivale a cerca de 10% de um computador usual encontrado nos lares brasileiros.
Embora seja uma notícia muito estimulante, a mesma precisa de suporte e complemento. A Infovia da Procempa, a própria companhia municipal de processamento de dados e a estadual Procergs estão em perigo. Além dos intentos privatistas do casal Crusius, do vice Feijó e dos emissários do Planalto, tem algo no ar além de aviões de carreira operando nas rotas da extinta Varig.
Basta uma comparação para quem é mais antigo. Pode um país desenvolver-se de forma independente, se as suas indústrias de bens de capital não contam com indústria de base e infra-estrutura equivalentes? A capacidade criativa e o gênio da área tecnológica gaúcha são de um potencial imenso. O Fórum Internacional de Software Livre, o invento de transmissão de internet via rede elétrica, são provas disso.
O futuro de nossa parcela no latifúndio do conhecimento passa por identidade e domínio das cadeias produtivas. A solução numa ponta está no Ceitec, e na outra, na combinação da Infovia por rede elétrica com o Wimax público. A distância dos setores mobilizados da sociedade para com este tema é uma das garantias que tudo pode passar ao largo, tal e qual a Cobra S.A., o sistema Pal-M, dentre outras oportunidades históricas.
Mais uma vez o cavalo passa encilhado e ninguém se dispõe a montá-lo.