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A ONU da bola e seus “deslizes” sistêmicos


O lugar-tenente de Havelange seguindo a senda de seu chefe gerencial.



Em ritmo de Copa do Mundo, seguimos nas reflexões do mais sério de todos os assuntos divertidos. Se um marciano ou um ser de outro planeta chegasse agora na Terra, talvez compreendesse a Copa da Alemanha como uma celebração, um ritual, ou coisa do gênero. Como não somos marcianos, especificamente sendo brasileiros, entendemos o que se passa na Copa da terra de Franz Beckenbauer como algo muito sério.

Tão sério que envolve uma organização desportiva, cujas bases foram construídas por um brasileiro de grande reputação desportiva e duvidosa trajetória pessoal. Dotada esta de um volume de membros muito maior do que o da ONU. Imagino que se houvessem poderes de veto na Fifa, Conselho de Segurança Permanente, uma Interpol Futebolísitca e os membros diminuiriam, e muito.

Por momentos a coisa é tão descarada, tal e qual na partida da equipe Cia. das Índias Holandesas contra a Costa do Marfim, onde o time africano foi roubado. O apito do árbitro, equivaleu a uma 9mms p.58 Taurus na cabeça do vigia do posto de gasolina. Sempre escutamos denúncias, mas isso passa a ser algo sistêmico. Bem, há 20 anos atrás Sócrates fazia denúncias semelhantes na Copa do México pós-terremoto. Se não fossem aqueles pênaltis perdidos na partida contra a França e a profecia do Magrão seria confirmada. Roubalheira escancarada ou inversão sistemática também foi vista contra Trinidad Tobago e outros jogos atípicos, entre seleções de países centrais e algumas ex-colônias recentes.

Infelizmente temos telhado de vidro; nosso aporte para o futebol foi e é forte dentro das 4 linhas e na preparação física. Em termos organizacionais, ainda estamos esperando o tal choque de capitalismo concorrencial e gerenciável, providenciado na antiga Copa União de 1987, a primeira a admitir patrocínio coletivo e com o aval da nave mãe Rede Globo.

A ONU da Bola de Havelange e Blatter segue a mesma, sistematicamente a mesma.

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