Impressiona os números equivocados da Previdência no Brasil. O economista e jornalista Luiz Nassif deu essa notícia, ou melhor, essa avaliação em seu blog e difundiu o tema na 6ª passada. Mais do que os erros nos números, o problema de fundo é outro.
É interessante observar que os índices “precisos” variam segundo pontos de vista. A economia como “ciência” é tão “precisa” quanto a pretensão cientificista dos pensadores sociais. Ou seja, muitas vezes, tudo ou quase tudo não passa de golpe midiático, de operações de corações e mentes, no ato de passar uma ideologia contrabandeada pela técnica.
A economia coloniza a política. Esta, a primeira, por sinal é colonizada pela econometria de algo imensurável, alimentado pela ciranda digital. O eixo do discurso gira em torno de pontos de vista marcados pelo paradigma neoliberal. No turbilhão da censura da democracia da comunicação privada, financiada pelo dinheiro do imposto taxado pelo Estado e extraído do público, bem no fundo do poço reside um traço de verdade.
Luiz Nassif plantara a semente no olho do furacão. Um pouco mais ao sul, otra patria financiera aplicou um tal corralito e deu no que deu. Aqui, o freio usa barba e tem um dedo a menos em função de um SUS que não funcionara mesmo quando se chamava INAMPS e não atendera ao ex-torneiro formado no Senai hoje presidente do governo do Copom.
R$ 4 bilhões de déficit são perfeitamente administráveis. A Previdência fecha no azul se a máquina do Estado for azeitada. Resta fazê-lo.