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A CPI do Banestado revisitada

os.intocaveis

Em 2003, o Governo Lula teve a primeira grande chance de colocar a oposição formada por PSDB e PFL (atual DEM) contra a parede. Tratava-se da CPI do Banestado. O Partido dos Trabalhadores recuou. Dirceu e companhia preferiram negociar a aprovação da Reforma da Previdência e frustrou a população em mais um escândalo de evasão de divisas do país.

23 de dezembro de 2011, da Vila Setembrina, Bruno Lima Rocha

A alegria de quem vive para analisar e formar opinião é quando suas teses se mostram corretas e vêm a público, ainda que pelas palavras alheias. Esta é minha reflexão após o lançamento do livro de Amaury Ribeiro Jr., Privataria Tucana (Geração Editorial, 2011) e os debates daí subseqüentes.

Em 14 de outubro de 2005 escrevi nesta mesma publicação um artigo intitulado “CPI do Banestado, quando Lula perdeu sua melhor chance”. Nele, avaliava como o episódio da Comissão Parlamentar de Inquérito a respeito da gestão do Banco do Estado do Paraná no período do governo Jaime Lerner, fora uma grande oportunidade perdida para o PT, em seu primeiro ano de governo, dar um golpe de força na oposição mais dura até então.

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O grupo político do ex-PFL (hoje DEM, sem os seguidores de Kassab), à época sob liderança do senador Jorge Bornhausen, se via emparedado em função das suspeitas pairando sobre o Banco Araucária – vinculado à família do tribuno da terra de Espiridião Amin.

Esta tese levantada em 2005, a respeito da correlação de forças ocorrida no início de governo, se prova correta.

Lula e sua equipe, ainda com José Dirceu como “capitão do time”, aproximava-se de bandeiras do governo anterior, como a “reforma” da Previdência e gerava tensão na interna da legenda ao abandonar mais pontos históricos do que já constava na hoje consagrada Carta ao Povo Brasileiro.

Na ocasião, o excelente trabalho coordenado pelo delegado federal José Francisco Castilho Neto culmina com o afastamento do titular do inquérito, assim como de uma competente equipe de peritos e agentes. Qualquer relação com a Operação Satiagraha não é nenhuma coincidência.

Para um leitor desavisado, este artigo pode parecer uma manobra para confundir, pois qualquer um que me desconheça tem o direito de pressupor que, diante da pobreza de idéias na política nacional, este analista nutre simpatias pelo tucanato e a Era FHC e posiciona-se como crítico do lulismo e sua descendência.

A segunda afirmação é verdadeira, sendo que as críticas a Luiz Inácio e sua trupe da governabilidade são por esquerda. Já a primeira afirmação não pode ser mais falsa, e tal eu provo com meu primeiro livro, O Grampo do BNDES (Sotese, Rio de Janeiro, 2003), abordando justamente o Leilão do Sistema Telebrás e as evidências oriundas das zonas cinzentas do aparelho de Estado.

Torço para que a CPI da Privataria não seja como a do Banestado e conclua a Satiagraha por outras vias, doa a quem doer, seja tucano, lulista ou de qualquer legenda.

Este artigo foi originalmente publicado no blog do jornalista Ricardo Noblat.






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