Na sexta-feira 13, julho tornou-se agosto para o ex-metalúrgico no segundo mandato de presidente da República. Assunto mais do que abordado, as vaias para Lula foram ou não orquestradas? Seriam elas justas? Teriam legimitidade em vaiá-lo, uma vez que quase todos os apupantes não eram beneficiários do programa Bolsa Família? Todas estas suposições já foram abordadas, de modo instantâneo, a começar pelo combativo portal Mídia Independente. Resta-me por tanto, não comentar o fato, mas sim a abordagem.
As distintas versões chamaram a atenção pela variedade. Diferentes pontos de vistas, análise a partir do factual, todos os ângulos, câmara oculta, interpretações midiáticas e também com algum rigor. Tivemos de quase tudo tomando o fato como ponto de partida e não o de chegada. O quase ficou por conta da TV. Sim, a paixão nacional, a geradora de verdades e sentidos absoluta, não mergulhou na investigação.
Modestamente, ressalto a tese do repórter televisivo Luiz Carlos Azenha, um dos craques da profissão, com destaque e independência. Na internet, o jornalismo e os primos narrativos brasileiros dão espetáculo. Já a nossa TV, veículo de grande qualidade técnica, por serem cabeças de rede e cabeças de sistemas de comunicação, são pela própria natureza, sócias do empreendimento Jogos Pan-Americanos.
Suponho, calculando por baixo, que houvesse no mínimo umas 15.000 pessoas falantes do português praticado no Brasil durante o ensaio da cerimônia de abertura. Ou seja, caso algum repórter fosse escalado para cobrir o preparatório das vaias, não seria um esforço grande embora garantisse o furo além do YouTube.