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O informe fajuto do BIRD


Dois informantes voluntários preenchem formulários de onde o Banco Mundial e seu subsidiário, o BIRD, extraem números e estimativas do desempenho da economia brasileira. Pamela Cox afirmara isso rindo, com o mesmo sorriso de Pinochet quando desembarcara caminhando no Aeroporto de Santiago de Chile.



João Pedro Casarotto

Em recente entrevista, a Vice-Presidente para a América Latina do BIRD e do Grupo Banco Mundial declarou que não utiliza os dados do relatório “Doing Business” (Fazendo Negócios), que o BIRD publica anualmente, na hora de analisar os projetos dos países que solicitam empréstimos: “Não, não usamos. Nós levamos em conta outros dados”, respondeu, rindo, Pamela Cox.

Sobre a utilidade deste informe, a poderosa executiva disse que ele é falho, mas útil, pois tem contribuído para pressionar os governos a levarem adiante as reformas propugnadas pelo banco: “Na América Latina ele tem servido para os governos pressionarem os Congressos a aprovarem reformas, segundo me disse certa vez um alto funcionário de um grande país da região. "A gente vai lá com o ranking e diz: vejam como estamos mal, comparados com a China", disse-me ele”.

No último ranking do “Doing Business”, publicado para orientar investidores estrangeiros na escolha dos melhores países para investir, o Brasil figura na 122ª posição entre os 178 países analisados e, mesmo assim, vem recebendo uma enxurrada de dólares. Perguntada sobre este aparente paradoxo a executiva respondeu: “O informe pode sinalizar algo em termos de mudanças em regulamentações. Mas os grandes investidores têm os seus próprios meios de aferição e avaliação”.

Esta entrevista foi concedida em decorrência da apresentação de estudo realizado por alta funcionária do BIRD que declarou que “o banco não tem uma forma comparativa de celebrar as melhorias em importantes resultados do desenvolvimento” e que a pesquisa no Brasil não é ampla e abrangente, pois o banco depende de informantes voluntários (que se dispõe a preencher os formulários somente para angariar prestígio pessoal) e que, no caso específico do Brasil, são apenas dois e ambos de São Paulo.

Ou seja, o festejado informe do BIRD é fajuto como uma nota de três reais e quem acreditou que o banco ensinava o caminho das pedras para ganhar dinheiro descobriu que ele só serve de oráculo para os trouxas.

Enquanto isto, aqui pelos pagos, as vivandeiras gaúchas estão exultantes, pois, enfim, o contrato será assinado e, talvez, restem algumas migalhas com as quais tentarão salvar as suas decadentes pretensas carreiras de analistas políticos.

É sempre bom lembrar que este contrato só será assinado devido às diversas acrobacias realizadas pelo governo gaúcho, entre as quais, a obtenção da declaração de sigilo pelo STF das fls. 108 a 194, da AC/2026(sigiloso), e o lacre de documentos no Senado Federal (Res. 21/2008).

Ao que tudo indica, nós também teremos empresas de consultorias acompanhando a execução das metas anuais que deverão ser assumidas pelos secretários de estado e servidores até o nível de superintendência, como vem ocorrendo no Estado de Minas Gerais, que, aliás, já contraiu com o BIRD empréstimos, sem contrapartidas, no valor de US$1,17 bi.

Enfim, nos resta ficar aguardando para saber se este time de consultores, que já se instalou no seio da administração pública gaúcha e onde permanecerá por trinta anos, gerará informes fajutos como o “Doing Business” e, enquanto esperamos que também este “Bebê de Rosemary” mostre sua real identidade, ganha um prato de tutu à mineira quem conseguir explicar o motivo do encantamento do tucano que enxerga o falcão (a ave de rapina mais veloz do planeta), mas jura que está vendo o passarinho verde.

João Pedro Casarotto é fiscal de tributos aposentado, dirigente do Sintaf-RS e ex-presidente da Afisvec.

Esta nota nos foi enviada por Casarotto e também remetida ao excelente blog de notícias RS Urgente, sendo lá antes postada.

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