Finalmente, caiu o Palocci. Mas, vale perguntar, como caiu este “companheiro”?
Liberou verbas para cooperativas de desempregados?
Operou uma política econômica de forte divisão de renda?
Aumentou a oferta de empregos formais e reconversão de mão de obra?
Taxou o lucro dos bancos em mais de 25% do seu líquido?
Pôs no Copom gente de origem e crença desenvolvimentista?
Fez uma autêntica reforma sanitária Banco Central?
Manteve a Carlos Lessa à frente do BNDES?
Demitiu toda a equipe ligada a Malan e Fraga?
Não, nada disso. Palocci caiu com rabo preso, por problemas de ordem moral e policial. Sua prática política iniciada em Ribeirão Preto cimentou o caminho rumo à uma trajetória política mais que repetida. De incendiário a bombeiro, de militante a burocrata, do compromisso ao pragmatismo elitizado. Caiu o Palocci, o projeto político, a vontade política de mudar algo e cai também a vergonha na cara de muita gente.
Todo o poder de voz e expressão às meninas de Jeane Mary Córner, única fonte mais ou menos confiável de uma versão dos laudos da verdade parcial da profanada política nacional realizada no Planalto Central.
Obs final: cai Palocci mas Meirelles fica e permanece intocável. Como se sabe em toda a América Latina, “a banca é a banca”, quando ela está no governo é ela quem governa e os governantes atuam para ela.