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As proezas do SBTVD e as mazelas da comunicação tupiniquim


A tecnologia brasileira, da mesma estirpe de Landell de Moura e Alebrto Santos Dumont, tem de pelear contra o próprio Estado para servir ao país e a nação financiadora do governo.



Como singela homenagem à memória viva do jornalista gaúcho Daniel Herz, ofertamos aos leitores um email recebido nos debates e lidas pelo avanço de Um Sistema de TV e Rádio Digital brasileiro e democrático. É uma lição de tecnologia inovadora e de como o conceito de desenvolvimento sustentável sai do papel por preço muito, mas muito baixo.

País que investe em tecnologia, projeta a si mesmo para os próximos 20 anos. Indo além do casuísmo, algumas áreas sensíveis, como a convergência digital, pode ser feita e refeita antes que seja demasiado tarde. A exclusão digital brasileira caminha a passos largos e de braços dados com a carência cognitiva do estudante da rede pública nacional.

A multicanalização pode permitir o início do fim desta exclusão. Hoje, a estética e a forma são uma bandeira de luta, uma identidade é o marco civilizacional. E tudo isto passa pela TV. Bem, vamos às raras palavras boas que tivemos acesso no tema durante os últimos meses.

Sistema Brasileiro de TV Digital opera com sucesso

Na última sexta-feira 12, foi realizada a primeira integração dos sub-sistemas desenvolvidos por universidades e centros de pesquisa do país que integram os consórcios do Sistema Brasileiro de TV Digital. O transmissor de modulação inovadora, criado por um consórcio liderado pelo Inatel, do qual também participam a Universidade Estadual de Campinas, Universidade Federal de Santa Catarina, CEFET/PR e Linear Equipamentos Eletrônicos foi interligado às demais tecnologias, comprovando a total eficácia do SBTVD.

O Sistema completo em operação será exposto amanhã na Câmara dos Deputados como parte do Seminário "TV Digital: Futuro e Cidadania", que terá como objetivo reunir autoridades e opinião pública para discutir a implantação da TV Digital no Brasil.

Segue artigo do coordenador-adjunto do Grupo de Pesquisa em TV Digital do Inatel, prof. Luciano Leonel Mendes, sobre o assunto:

Sistema Brasileiro de TV Digital - O sonho e o desafio tornados realidade

Em 2005, o INATEL formou um consórcio juntamente com a UNICAMP, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), CEFET/PR e Linear Equipamentos Eletrônicos com o objetivo de desenvolver um sistema de modulação inovadora, cujo desempenho fosse superior aos padrões de TV Digital disponíveis comercialmente. Em julho de 2005, este consórcio finalizou a concepção do MI-SBTVD, em que a ousadia foi sua marca registrada. Utilizando-se das mais recentes técnicas de codificação de canal e de transmissão digital, a proposta apresentada por este grupo de pesquisadores obteve desempenhos teóricos que superam os demais padrões em até 17dB, dependendo do canal de comunicação.

No entanto, mesmo com esses resultados importantes muitos acreditavam que as inovações propostas no MI-SBTVD não poderiam ser implementadas em tempo hábil e que a solução era muito complexa. Este mito caiu por terra quando, em janeiro de 2006, realizou-se no INATEL a transmissão de vídeo

de alta-definição empregando-se protótipos de transmissor e receptor totalmente desenvolvidos pelos pesquisadores do consórcio.

Em paralelo, outros consórcios trabalhavam nos demais sub-sistemas do SBTVD. A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) desenvolveu uma plataforma de Middleware para sustentar aplicações com interatividade. A USP desenvolveu um terminal de acesso, onde o Middleware da UFPB pudesse

ser instalado e o telespectador, através de um controle remoto, pudesse controlar todas as funções interativas. A UFSC desenvolveu programas com conteúdo interativo que pudesse ser suportado pelo Middleware da UFPB. Todas essas soluções isoladas representavam um grande sucesso do

SBTVD.

Foi no dia 12 de maio de 2006, entretanto, que o sucesso pleno foi alcançado, com a integração de todos esses sub-sistemas. O transmissordesenvolvido pelo consórcio MI-SBTVD foi alimentado por um vídeo com

informações interativas desenvolvido pela UFSC. O vídeo foi recebido pelo protótipo do receptor do MI-SBTVD e entregue ao terminal de acesso da USP, onde se instalava o Middleware da UFPB. Através do controle remoto um telespectador pôde interagir com o programa de forma intuitiva. Assim, pela primeira vez na história de nosso país, um sistema de grande complexidade como este para TV Digital, totalmente

concebido e desenvolvido por pesquisadores brasileiros, tornou-se uma realidade.

O que torna essa conquista ainda mais significativa é o fato de que todos esses resultados foram obtidos com menos de 15 meses de trabalho e com um orçamento relativamente muito modesto, se comparado aos gastos realizados pelos EUA, Europa ou Japão no desenvolvimento de seus respectivos padrões. Essa vitória resultou do engajamento de laboriosos pesquisadores em diversas instituições espalhadas pelo Brasil.

Assim, no dia 12 de maio de 2006, os engenheiros brasileiros, suplantando todas as dificuldades, comprovaram a sua competência, coragem e determinação para ousar e criar inovações relevantes para

nosso desenvolvimento tecnológico. No dia 16 de maio de 2006 essa nova tecnologia será demonstrada em uma audiência pública que ocorrerá na Câmara dos Deputados em Brasília, ocasião em que a competência brasileira será exposta para apreciação de todos.”

Embora atrasado, ainda que a Anatel tenha proibido parcialmente a exibição, ainda que 1 em cada 3 parlamentares do nobre Congresso Nacional sejam donos ou testas de ferro de mídia, em sua imensa maioria reprodutora ou afiliada das 7 grandes, ainda que o equipamento do SBTVD tenha sido no mínimo sabotado, ainda com tudo isso, estas palavras acima animam a expectativa e semeiam um novo mirar.

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