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A Kroll, a PF e o óbvio uLulante


O Diretor-Geral que no cargo ficou pelos quatro anos. Nesta charge da Fenapef, o D-G de Tuma está disfarçado de agente de investigação das grandes corporations de telecomunicações.



Logo no início da página Estratégia & Análise, havíamos feito uma Nota a respeito da Kroll e suas operações no Brasil, além do contrato desta como “prestadora de serviços especializados” para o banqueiro Daniel Dantas. Dentro da pauleira interna da Brasil Telecom, por sinal co-controlada pelo governo central com a fartura do dinheiro do BNDES, as alegações de Dantas, da Kroll e de Carla Cicco foram algo digno de Alice. Sim, Alice e o mundo mágico de Oz.

Como quase sempre as análises independentes são passíveis de serem confundidas com “ensaio”, expomos agora um trecho de matéria da Folha que, por lapso, esquecemos a data. Após o trecho do texto de Kennedy Alencar, volto com a análise do óbvio ululante.

“ KENNEDY ALENCAR – Folha de São Paulo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Folha ouviu ontem de um auxiliar direto de Lula que o governo será duro na investigação da Kroll. Em relatório de fevereiro de 2005, obtido pela Folha, Frank Holder, que foi diretor da empresa, relata conversa com o chefe de operações da CIA no Brasil. Holder diz que esse agente chegou a participar de reuniões com Lula e vários ministros.

De acordo com o relato de Holder, o encarregado da CIA contou que o governo não tinha nenhuma questão em curso contra a Kroll ou a Brasil Telecom. No entanto, esse agente teria dito que "pesquisa independente" mostrava que havia, no governo petista, defensores da Telecom Italia, à época rival do grupo Opportunity dentro da Brasil Telecom.

O relatório de Holder -ele próprio ex-agente da CIA- diz que ele também teve conversas com o então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, John Danilovich, e o conselheiro comercial, John Harris.

Além de Lula, o relatório diz que houve conversas diretas e privadas com três importantes membros do governo: o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, e o então ministro da Casa Civil, José Dirceu.

A Kroll foi contratada pelo Opportunity por conta do conflito societário com fundos de pensão brasileiros, o Citibank e a Telecom Italia a respeito do controle da Brasil Telecom.

No relatório de Holder, o senador Romeu Tuma (PFL-SP) e diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, são apontados como defensores dos interesses da Telecom Italia contra Dantas.”

É inevitável a observação do envolvimento de altos funcionários da polícia e da inteligência brasileiras com o lobby das telecomunicações. Detalhe, quando lembramos a recorrência da Dow Chemical do Brasil S.A. e o cargo de confiança ofertado a Golbery, não é mera coincidência. É a teoria da porta giratória, ou do jogo duplo dos CEOs. Tuma, o ileso e seu homem de confiança no governo Lula, Paulo Lacerda, o super-tira que nunca atirou em nada nem em ninguém, estão com vínculos mais que orgânicos com uma empresa que é quase mafiosa. Dantas, da mesma estirpe e capacidade de “jogar pesado” – que o diga Boechat e sua demissão de O Globo – tem o sue na reta e também vazam para a Veja que está em guerra contra o Planalto.

No meio de tudo isso, cenário complexo de múltiplos interesses e sem objetivos estratégicos mandatórios da atividade-fim, tudo são névoas e ninguém pega ninguém. Que a Kroll opera como fonte auxiliar da CIA, é da regra e lei das sombras, todos sabem, e fingem ou pretendem não saber. Tal e qual as mais de 500 “consultorias independentes” de origem israelense, prestando serviços também mui especializados mundo afora.

Quando a Abin infiltra nos Correios para pegar o laranja de Roberto Jefferson, e o D-G da PF Lacerda atende ao seu real chefe político, o ex-delegado do DOPS de São Paulo senador Romeu Tuma, o que resta?! Apelar para qual Corregedoria? O MPF sairá a investigar livre, leve e solto? Não, óbvio que não.

Conforme dissemos, o escândalo é uma festa da hipocrisia. Qualquer bolsista de política ou relações internacionais com um mínimo de leitura sabe e entende como é o ambiente operacional da chamada “inteligência corporativa”. Se a PF não sabe, como pode não saber? E se sabe e nada faz, é porque opera por dentro igualito, correto?

A propósito: Onde foram parar os agentes do antigo CDO da PF? E, porque será que a brava Carta Capital parou de fazer dossiês a respeito disso?

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