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São Paulo e a incoerência das alianças

Luciano Siqueira

As contradições das alianças políticas.

11 de outubro de 2012, Bruno Lima Rocha

A virada das eleições municipais em São Paulo gerou um resultado que de tão parelho, cacifa (e muito) o manancial de votos dos derrotados. José Serra (PSDB) termina o primeiro turno com 30,75% dos votos, seguido por Fernando Haddad (PT) com 28,98%. Em terceiro lugar o azarão que liderou as “científicas” pesquisas até os últimos dias antes do pleito.

Celso Russomano (PRB) fechou com 21,60%, seguido por Gabriel Chalita (PMDB) com 13,60% dos votos. Para além da aliança com o terceiro e o quarto colocados, sair em busca dos votos do ex-repórter do Aqui e Agora e do correligionário de Michel Temer implica em se aproximar de heranças e caciques políticos outrora rivais.

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Recordar é viver e a dança das alianças é sempre incoerente. No segundo turno das eleições estaduais de 1991, o PT quase rachado apoiou Luiz Antônio Fleury Filho, à época ainda herdeiro político de Quércia. O argumento petista era que com Maluf, a PM paulista teria licença para matar indiscriminadamente. Fleury ganhou e a tese se provou furada no dia 2 de outubro de 1992, quando seu governo autorizou o Massacre do Carandiru.

Em 1994 Marta Suplicy e Mário Covas disputaram voto a voto a vaga para o segundo turno das eleições estaduais. Covas superou Marta por apenas 70 mil votos e contou com o apoio da legenda de José Dirceu para enfrentar e vencer Paulo Maluf na corrida ao Palácio dos Bandeirantes. Começava ali a era tucana em São Paulo.

No segundo turno do pleito para a prefeitura paulistana de 2000, a aliança é retomada. O então governador Mário Covas apoiou Marta Suplicy contra Maluf. A ex-ministra do Turismo de Lula derrotou o ex-interventor da ditadura agradecendo publicamente ao rival tucano. A rivalidade PSDB-PT é tão circunstancial como a aliança entre Lula, Paulo Salim e o quercismo.

Três setores tornam-se fundamentais para a segunda volta das eleições paulistanas: o PMDB, ainda vinculado às redes de relações de Quércia; a reserva eleitoral dos fiéis neopentecostais da Igreja Universal do Reino de Deus, rivalizando com o apoio da Assembleia de Deus para Serra; e o sempre presente peso político do malufismo.

Em 2010, a ex-guerrilheira Dilma Rousseff fechou sua chapa para o Planalto baseando-se no tripé acima. Mas, como toda aliança tática e não programática é fluida, tudo está em aberto.

Mesmo que o “bispo” Edir Macedo, o vice-presidente Michel Temer e o nobre deputado federal Paulo Maluf apoiem explicitamente a Fernando Haddad, a transferência de votos baseada nunca é tão direta.

Este artigo foi originalmente publicado no blog de Ricardo Noblat.






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