Fernando Schüller é a mais jovem promessa realizada da direita ilustrada do Rio Grande. Com carreira astronômica na área acadêmica, assumindo o curso da Ulbra, sendo consultor da Copesul e agora, dando um alto na carreira e efetivando como Secretário de Governo de Yeda Crusius. Ao contrário do que possa parecer, particularmente fico muito satisfeito com isso. Explico.
Antes que nada, é importante ressaltar que o fato de Schüller ser presença certa na mídia local é um fato que considero positivo. Segundo, quando ele assume uma posição explícita junto ao PSDB gaúcho, reforça as inferências e acordos conceituais que sempre teve, tomando por base outro tucano, Bolívar Lamounier.
Outro elemento da ciência política do Rio Grande, e que atua como tropa de infantaria midiática, é Paulo Moura. Entenda-se, creio que ambos cumprem seu papel de acordo com suas convicções. Não cabe ficar reclamando da presença deles na difusão pública de opinião. Para se contrapor, é preciso atuar mais e melhor do que a “nova direita” local. Tanto Moura como Schüller tem explícitas posições neoliberais, fazendo coro com Denis Rosenfield, papa da direita ilustrada do Rio Grande pós-petista.
Agora é para valer. Chega de eufemismos e interpretações simbólicas. Schüller vai meter a mão no bolo fecal dos intestinos do Estado. Vai defender os capitais cruzados, da oligarquia local, do controle dos meios de comunicação, vai contemporizar a sanha privatista de Feijó e terá de pagar o preço e o pato de ser governo. Esta experiência, por direita, centro-esquerda ou ESQUERDA real, deveria ser obrigatória.
De 0 a 10, discordo em 11 de Fernando Schüller, mas respeito e muito a sua opção de entrar de cabeça no mundo real da política como ela é. Que sirva o exemplo para os acadêmicos mais à esquerda. Fora da realidade, não existe teoria, as apenas fantasia.