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Os perfeitos idiotas latino-americanos e o atentado contra a imagem do Che


O perfeito idiota em seu auto-retrato, Alvarito Vargas Llosa é a caricatura de um neoliberal cucaracho e servil aos interesses dos sanguessugas e vende pátrias do Continente que venera a Ernesto Guevara dentre outros mártires.



Depois que a revista Veja abriu a porteira, diversos “colunistas” e veículos apontaram o fogo de suas baterias ideológicas contra um dos mitos reais criado pelas esquerdas latino-americanas. Para atacar Ernesto Guevara de la Serna, el Che, tomam como referência a uma entrevista de Alvaro Vargas Llosa ao portal G1. Por coincidência, o “pensador” esse é filho de Mário Vargas Llosa. O pai de “Alvarito” além de romancista é candidato derrotado em eleições presidenciais de seu país de nascimento, o Peru. Por adoção, tal pai tal filho, já de há muito são bons sudacas-cucarachos. O filho é pago com obscuras bolsas de doações pessoais em nome da liberdade de expressão e da livre empresa. Eufemismos à parte, Alvarito pertence a um “centro de pesquisa”, um entre centenas, sediado nos EUA, e que vive a gerar fatos político-midiáticos e discursos palatáveis aos ouvidos de seus pagadores. Repito, como bom sudaca, carrega nos vizinhos seus complexos de bastardo. Antes de intentar enterrar a imagem de Che, Alvaro, o ex-peruano, havia tido um artigo seu publicado na mesma publicação semanal do grupo Naspers-Civita. O “perfeito idiota latino-americano” é um libelo contra o Continente. Reconheço o título sugestivo, se aplica perfeitamente bem a seu autor e aos papagaios de suas grotescas palavras.

É sempre assim. Uma publicação de duvidosa conduta, ancorada no capital sustentador do apertheid, atira naquilo que é sua frente de luta: a ideologia no sentido mais amplo. Ferir a identidade é lastimar a auto-estima e o afeto. Fazem da política de terra arrasada a sua orientação. Em termos militares, tal acionar fora empregado pela administração Reagan-Bush pai em El Salvador e Guatemala nos anos ’80. No pago gaúcho, os herdeiros dos Caramurus e dos traidores de Ponche Verde, disputam entre si o inglório posto para ver quem ofende mais a memória do médico santafecino e hincha de Central.

Como não podem chamá-lo nem de covarde, e menos ainda de arrivista, o tratam por cruel. Crueldade essa manifestada em fuzilamentos de torturadores da ditadura de Batista e corruptos vende pátrias. Curiosa comparação; criticam ao Che por ter levado a cabo a pena de morte que os mesmos tanto defendem. Como jovem promessa de proto-lacerdista, Diego Casagrande salta à frente e dá a cara em nome de uns caraminguás de várias dezenas de milhares de reais, por dentro e por fora, com rubrica ou no jabá costumeiro. Triste papel para o jornalismo eletrônico. Serve de utensílio utilitário para os manda-chuvas da oligarquia subordinada ao capital financeiro, pagando regiamente aos seus perfeitos idiotas amestrados.

Atentar contra a imagem do Che é impossível. Sua trajetória de vida é inversa a dos mandatários de Luiz Inácio, sua base aliada e a “oposição” que é ainda pior. Ninguém que deixa de ser ministro de Estado para voltar ao monte pode ser chamado de “cruel”. Ernesto foi generoso, doou sua vida para suas convicções. Quanto mais asneira é ruminada pelos perfeitos idiotizados agringalhados, mais eterno será seu exemplo.

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