Mesmo que não dê em nada, a denúncia semanal na revista Veja é o combustível da semana. O mito do ouro de Moscou continua, passando pelas FARC e agora pelos dólares cubanos. Considerando a pindaíba das finanças do Estado cubano, a ditadura de Fidel não se daria a este luxo. Agora, como lavanderia pode ser. Os critérios compartimentados, a passagem das caixas de mão em mão, tudo isto pode colar como versão factível embora sem a materialidade das provas.
Se o governo contra-atacar com os relatórios de 2003, incorre em crime também. O argumento de que não as divulgara antes, tendo como motivos evitar uma crise econômica, é algo mais que furado. Todas as mamatas do governo FHC, que durou 8 anos é sempre bom lembrar, foram acobertadas pelo novo governo em 2003. Diríamos, durante o ano de ouro, com rolo avassalador no Congresso, ausência de qualquer luta de massas em oposição a Lula, e expulsão de parlamentares rebeldes do PT.
Herr Bornhausen e Corleone Serra estão mais concentrados em seus advogados do que Al Capone e os contadores. Debatem avidamente a tática de atacar e põem em dúvida qual é a meta estratégica. Se as urnas em outubro de 2006 ou o impeachment. Se vai dar a segunda chance ou não, ninguém sabe?! Mas, o contragolpe de Lula resultará em sangria ainda maior, isso é certo. Problemática certeza num governo que está cordas e cambaleando.