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A disputa do Estado e a corrida eleitoral


No momento em que escrevo, a taxa Selic bate 10,9% quando o índice necessário, caso o intuito realmente fosse para equalizar com a inflação, seria entre 5% e 6%.

10 de julho de 2014, Bruno Lima Rocha

Com o início da campanha eleitoral, a análise política vinculada aos interesses majoritários tem de identificar o centro nervoso do manejo dos recursos coletivos. É ali que se que se atinge a base da pirâmide social brasileira.

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Não se trata de maniqueísmo, pois seria leviano igualar os governos de FHC com Lula e Dilma. E, seria ainda mais irresponsável posicionar à esquerda a proposta do lulismo. Vejamos por que.

O modelo implantado pela aliança PSDB-PFL (hoje DEM) teve três pilares: privatizações das empresas estatais, abertura da economia para o capital financeiro e “flexibilização” das leis trabalhistas. Para sua proposta, o tucanato foi bem sucedido.

Já os mandatos de Luiz Inácio e da substituta de José Dirceu na Casa Civil não chegaram a reverter o modelo por completo. Se o fizessem, teriam de proibir as terceirizações; abrir auditoria e reverter o processo de venda das estatais (como no caso da Vale) e diminuir as manobras do mercado de capitais.

A opção foi de centro-direita, através do jogo de “ganha-ganha”. Neste, o andar de cima fatura com o investimento em níveis razoáveis (média de 18% em comparação aos 25% dos mercados emergentes) e - como em todo país capitalista que se leve a sério - sendo devidamente financiado pelo banco de fomento (no caso, o BNDES).

A massa fatura por tabela, com o emprego direto e o ingresso no mundo do consumo através do crédito.

Não é pouco se comparado aos terríveis anos ’90. Mas, a distância entre as maiorias e o lócus decisório ainda é enorme.

O Banco Central (e o Conselho de Política Monetária), assim como as pastas da área econômica, operam de forma insular. Seguem uma lógica quase autônoma, subordinadas diretamente aos grandes operadores do mercado de capitais e banqueiros.

O combustível para acumulação rentista está na taxa Selic. No momento em que escrevo, esta bate 10,9% quando o índice necessário, caso o intuito realmente fosse para equalizar com a inflação, seria entre 5% e 6%.

O estímulo a ciranda financeira faz da rolagem da dívida o principal fator de acumulação para grandes conglomerados econômicos. Estes, por serem detentores de saldos disponíveis, aplicam nos títulos públicos.

Já os bancos, além de obterem recursos quase sem custo algum faturam em dobro, ao lucrar no rendimento dos papeis e balizar as taxas de juros impostas às micro e pequenas empresas. Quem paga a conta? Toda a sociedade.

Se temas como este não entrarem na campanha, não se discute o poder para além da troca do governo de turno.

 






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