Estamos em um momento único da difusão de tecnologia de informação no Brasil. Na implantação do sistema digital, o padrão brasileiro vem sendo rejeitado e combatido pelas próprias autoridades brasileiras. Desde os tempos do padre Landell de Moura que a história se repete. Este religioso que descobrira as ondas de rádio, é quase um desconhecido em seu próprio país. Desenvolvemos tecnologia e ou não a utilizamos, ou criamos e gerações depois o país vai correr atrás do prejuízo.
Rumos estratégicos para a soberania do povo sobre seu próprio país vão escorrendo pelo ralo. O minério de ferro é um destes exemplos, o gnóbio também, o biodiesel é um avanço, mas não há nada que justifique o absurdo preço do álcool. Mas, o relatório final da CPI dos Correios tem prevalência sobre os destinos da nação. Aliás, este tema não entra em pauta na corrida que iniciará logo depois da Copa do Mundo da Alemanha.
No início da década de ’90, com a chegada da TV a cabo e por assinatura no país, foi a mesma coisa. Agora, com a difusão do sistema digital, todas as cadeias de comunicação estão involucradas. Considerando que o governo de Luiz Inácio apreendeu mais rádios comunitárias que o de FHC, aliviou as dívidas da Globo (com o Proer da mídia) e tornou-se parte dos recursos dirigentes operando no Brasil, temos pouco ou nada a esperar.
As poucos vamos renovando as baterias e reiniciando-nos na luta pela democracia da comunicação. Enquanto isso, o ex-repórter do Fantástico, ministro das comunicações do ex-preso político no Dops de São Paulo vai empurrando com a barriga os problemas e soluções possíveis. Parte da solução, acabo de me informar, se localiza no bairro do Partenon, no campus da PUC-RS, Porto Alegre. Voltaremos ao tema rumo ao debate profundo a respeito do padrão brasileiro de comunicação digital.