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O que está acontecendo na política gaúcha?


Yeda Crusius discursa para sua base, parafraseando George W. Bush, durante cerimônia na Federasul. Tenta convencê-los da inevitabilidade do capital associado, dos planos estruturantes onde os ex-donos da Província terão a parte menor, mas garantida, do bolo financiado pelo BNDES.



Pode parecer redundante, mas nunca canso de repetir. Os efeitos diretos da Operação Rodin são vários, podendo ou não vir a ter uma conseqüência estrutural. A CPI do Detran-RS não terá um efeito maior, assim como não teve a CPI da Segurança Pública, iniciada na gestão estadual da DS e da Articulação de Esquerda. A conclusão que se pôde ter daquelas investigações, é que o partido de massas e com diversidade de correntes, necessita de um nível compartimentado e de onde vem o financiamento partidário e de campanhas. Não há como imaginar uma estrutura partidária sem fonte(s) de recursos líquidos. Os veteranos do extinto PRC também aprenderam a duras penas, mas o tema é delicado. Afinal, Tango não se baila solitário; menos ainda os bailes da Operação Tango! Na última vez que falei no tema fui deveras censurado. Por sinal, por onde anda o César de la Cruz Mendoza Arrieta mesmo?!

Voltando às ligações perigosas das cúpulas político-partidárias da direita orgânica do Rio Grande, é interessante observar o tema do “mito”. Influência do campo jurídico, do positivismo, do orgulho regional, do chauvinismo e do agro; a soma de tudo isso resulta no mito de idoneidade da política gaúcha. Caiu por terra, literalmente, embora ainda tenha alguma sobrevida. Grande parte desta responsabilidade, a de reforço e permanência no mito, mesmo após uma série de evidências, ocorre por cumplicidade midiática. Os setoristas e as empresas jornalísticas não fazem relação e sequer ilação entre o caixa da campanha tucana, os laços familiares e sociais que atingem a intimidade do poder político-empresarial no pago e a cadeia de comando sob a batuta neoliberal e neoconservadora de Yeda Crusius.

Tamanha “boa vontade” também ocorreu no período da Crise Política de 2005. Todos chamavam a atenção de que não constavam políticos da Província no envolvimento direto com o chamado Mensalão. Ao menos no início das denúncias. Durante o tumulto da CPI, casos foram provados e comprovados. A real politik atacou o fígado dos ex-companheiros que haviam sido governo no mandato de Olívio Dutra e se comprovou o transporte de dinheiro vivo em malas a lo largo de viagens de ônibus interestaduais. Até o deputado federal Paulo Pimenta foi flagrado na garagem da ilibada Câmara Baixa da república de Rui Barbosa conversando com Marcos Valério. Na hora da oposição do PSD e da UDN desfraldar as bandeiras do moralismo e ir “Marchar com Deus e a Família pela Democracia” faltou musculatura e disposição. Também pudera, a UDN não iria contra o co-governo dos Bancos com a ARENA.

Na Província, ocorre o mesmo. Ao indiciar o filho de João Luiz Vargas, o Ministério Público pôs uma bomba no colo da oposição local, governo em plano nacional, e que tinha por costume encobrir as relações que atinjam os agora aliados do PDT. A única forma de barrar um projeto gerencialista e modernizante como o de Yeda é associar o seu governo e a ela com gestora, ao esquema da corrupção organizada. A professora de economia da UFRGS sabe que tem de negociar com as cúpulas políticas e seus homens de confiança (os 44 denunciados), para poder implantar sua missão junto das papeleiras, do Banco Mundial e das empreiteiras. O problema é que a bomba parou no portão de sua residência. Ainda não foi detonada, e talvez nem seja.

A bola está picando na frente da chuteira de Fabiano Pereira. O jovem parlamentar santamariense chutará com a força necessária ou vai dar um passe à meia boca, empurrando o problema para os lados? Se chegarem ao fígado de Yeda, os tucanos clamarão a moralidade diante do calote com os fundos municipais depositados no Banco Santos? Alguém tem de pagar para ver, e logo!

Esta Nota foi originalmente publicada no portal de Claudemir Pereira

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