Uma dica: quando criança fazia anotações nos caderninhos escolares, ouvia conversas por detrás das portas, adorava os papos de elevadores e ficava muda nas reuniões de mulheres adultas para que não a notassem. Andréa Fátima dos Santos adotou em homenagem à Luz Del Fuego (dançarina famosa nos anos 50 e que, na verdade, se chamava Dora) o nome Andréa Del Fuego. A sugestão mais do que perfeita veio de sua sogra (e há quem diga que as sogras só atrapalham).
A moça que não é filha de intelectuais e chegou a afirmar em uma (pequena, singela e de belas palavras) autobiografia: “livro em casa nem o de receita. Eu não tinha referências da escrita enquanto produção. Não tinha um espelho digno desta função”. Formada em publicidade trabalhou como produtora em cinema e revistas. Começou sua vida de escritora respondendo dúvidas sexuais de leitores de uma revista de rádio paulista.
Filha de mineiros ela comeu pelas bordas e já publicou quatro livros: “Sociedade da caveira de cristal”, “Engano seu”, “Nego Tudo” e “Minto Enquanto Posso”. Além disso, Andréa tem contos publicados em diversas antologias e mantém um blog onde publica contos e fotos, trechos de livros, mininovelas, alguns vídeos e dicas. O espaço virtual de autopublicação acumula mais de cem mil acessos, desde junho de 2005. E a autora retribui com dedicação e gentileza, respondendo todos os comentários feitos por leitores fiéis.
Agora você já sabe quem é Andréa Fátima dos Santos, e também sabe que seu verdadeiro nome é Andréa Del Fuego.
Revisão Bruno Lima Rocha.
Texto: Daniela Soares, editora de Trecos & Trapos.