Tema desta Nota não passa pelo factual para exemplificar o debate. Insisto nisso, este portal tem como meta fornecer uma ferramentaria completa, no campo conceitual. Vivemos uma sobrecarga informacional, com o processo de compreensão falho e sem muita condição de intervir. Nada disso é à toa e se torna sistêmico.
No Brasil, os leitores de portais de informação, de formação, de análise, das mídias alternativas, governistas ou do PIG, sabem de tudo ou quase tudo. A grande massa tem a inclusão digital, outro conceito furado e meio balela, através de páginas de interação e relacionamento. Ou seja, dê-lhe msn e orkut, e danem-se as fontes e formas de compreender o mundo. Ou ao menos o mundo físico, tanto o entorno como os espaços em que vivemos.
Quem se dedica à via crucis pedagógica, sabe o tamanho do buraco. As pessoas, p/ex. ouvintes de rádios comunitárias, precisam é ser instigadas para compreender. Muita figura de linguagem, fala radiofônica, conceito e desenho da situação. Muitas vezes, o que falta é aula mesmo. Quadro, giz, quadro branco, quatro cores de pincéis atômicos e uma câmara focando. No tempo da Ordem do Jagunço, Assis Chateaubriand empregava seus jornalistas, de David Nasser à trupe mais que capaz do antigo partidão, e quando queria explicar um tema, recorria ao cenário da sala de aula. Verbo, giz e quadro e qualquer tema era explicável.
Conceito + esforço pedagógico + visão (s) sistêmica (s) + compromisso com a verdade factual + processo comunicacional = aumento da massa crítica e capacidade de intervenção na(s) realidade(s). Na ausência de quase tudo isso, é impossível não se perder.
Voltaremos ao assunto em breve, confessando desde já que o tema além de instigar, desafia.