Estrat�gia & An�lise
ISSN 0033-1983
Principal

Artigos

Clássicos da Política Latino-Americana

Coluna Além das Quatro Linhas

Coluna de Rádio

Contenido en Castellano

Contos de ringues e punhos

Democracy Now! em Português

Democratização da Comunicação

Fale Conosco

LARI de Análise de Conjuntura Internacional

NIEG

Original Content in English

Pensamento Libertário

Publicações

Publicações em outros idiomas

Quem Somos

Sobre História

Sugestão de Sites

Teoria



Apoiar este Portal

Apoyar este Portal

Support this Website



Site Anterior




Creative Commons License



Busca



RSS

RSS in English

RSS en Castellano

FeedBurner

Receber as atualiza��es do Estrat�gia & An�lise na sua caixa de correio

Adicionar aos Favoritos

P�gina Inicial












































Artigos
Para jornais, revistas e outras mídias

O pré-sal é um tema de soberania

jornaldasmontanhas

O combustível fóssil encontrado abaixo da camada de sal e somente possível de ser explorados em águas profundas, representa a riqueza futura do próximo meio século e a cobiça e claudicação dos vende-pátrias entreguistas de sempre, a começar pelos ocupantes atuais do Planalto

09 de setembro de 2009, da Vila Setembrina outrora farrapa, do Rio Grande ds traídos em Porongos e das batalhas não peleadas na vergonha de Ponche Verde, Bruno Lima Rocha

Estabeleço um debate neste artigo, fugindo de rótulos e chavões. Estou de acordo com a exploração estatal de 70% do combustível fóssil abaixo da camada de sal e da capitalização da Petrobrás, nas franjas das reservas do pré-sal infelizmente já licitadas para companhias privadas. Também entendo ser a criação do Fundo Social uma necessidade para terminar com a divisão de tipo oligárquica dos royalties do petróleo.

enviar
imprimir

Embora o tema tenha sua complexidade, pode passar por uma análise de correlação de forças e de intencionalidade. O Brasil descobre em sua área oceânica reservas que permitirão a auto-suficiência de extração e refino talvez para os próximos cinqüenta anos. Trata-se de alto investimento para iniciar a exploração, mas nada que se compare com a incerteza claudicante da Petrobrás até o início de exploração de petróleo em águas profundas. Estamos em um momento muito mais favorável. O país, através da executora do monopólio por 44 anos (1953 a 1997) aprendeu todo o ciclo da pesquisa, extração, exploração, refino e distribuição do petróleo e seus derivados. Ou seja, nós sabemos.

A amarra no Brasil está na ordem legal. A Lei 2004 de 03 de outubro de 1953 cria o monopólio estatal, incumbindo a Petrobrás da execução do mesmo. Esta segurança jurídica da soberania brasileira não impediu a empresa de sofrer pressões sem fim, agravadas com a presença de homens da caserna durante a ditadura. Ainda assim, ninguém em sã consciência pode afirmar ser a estatal “incompetente” na sua atividade-fim. Já na era democrática, entendo que o país sofreu uma derrota quando da assinatura da Lei 9478 de 1997. Neste texto, com firma de FHC, é “flexibilizado” o monopólio estatal da exploração e criada a Agência Nacional de Petróleo (ANP). Toda a atual insegurança jurídica deriva daí.

O governo de Luiz Inácio, como sempre, claudica e apanha por direita e por esquerda. A oposição e os governadores detentores dos royalties defendem o adiamento do regime de urgência no Congresso. Já os participantes da Campanha O Petróleo Tem Que Ser Nosso, questionam a mesma pressa em função da permanência dos regimes de partilha e concessão, além dos leilões de campos de petróleo, ainda que por outras vias. Se não fosse pela vacilação de sempre, e este governo poderia inaugurar uma nova era na matriz energética nacional.

Se nós estamos entrando na era da energia limpa, é mais do que necessária a reserva de combustível fóssil, até para modificarmos a matriz energética e de transporte sem passar por crises de escassez. Para tanto, é necessário que a nação possa opinar a respeito deste tema estratégico. Isto implica retomar a soberania no planejamento de exploração e produção de petróleo. Portanto, precisamos na verdade, não de uma acomodação de interesses, mas sim da revisão da Lei 9478/97. E, infelizmente, isto esse governo não vai fazer.






voltar