Mais uma operação da PF, preparada por longos seis meses. Trabalho de pinça, de perfil baixo, meticuloso. Como se diz no ambiente próprio, a perícia prova. A prova material é a prova do crime. Como as gravações e seguimentos tinham autorização judicial, falaram mais do que deviam e foram pegos. Agora, resta saber a profundidade da incisão.
Na combalida democracia pouco republicana brasileira, os analistas políticos se acostumaram a chamar os “bastidores” do Congresso de submundo. Não é pirraça minha, é o senso comum. Era um momento perfeito de cortar cabeças, uma degola geral, devastando as alianças e costuras do 2º governo da era Luiz Inácio.
Considerando o procedimento das últimas duas décadas, quase ninguém foi punido, mas se vendeu bastante jornal, manteve-se alta a tiragem das revistas semanais e cana dura mesmo, foi bem escassa. Na defesa da instituição, a necessidade era degola ampla, geral e irrestrita. Na dúvida, se afasta a autoridade até que a dúvida seja provada ou retirada.
Na generosidade dos direitos, opondo ao rigor da lei da execução penal, Catanduvas é a prima-pobre do Planalto. A diferença é a estrutura da pirâmide se mantêm no crime.