Estrat�gia & An�lise
ISSN 0033-1983
Principal

Artigos

Clássicos da Política Latino-Americana

Coluna Além das Quatro Linhas

Coluna de Rádio

Contenido en Castellano

Contos de ringues e punhos

Democracy Now! em Português

Democratização da Comunicação

Fale Conosco

LARI de Análise de Conjuntura Internacional

NIEG

Original Content in English

Pensamento Libertário

Publicações

Publicações em outros idiomas

Quem Somos

Sobre História

Sugestão de Sites

Teoria



Apoiar este Portal

Apoyar este Portal

Support this Website



Site Anterior




Creative Commons License



Busca



RSS

RSS in English

RSS en Castellano

FeedBurner

Receber as atualiza��es do Estrat�gia & An�lise na sua caixa de correio

Adicionar aos Favoritos

P�gina Inicial












































Artigos
Para jornais, revistas e outras mídias

A omissão do fato e a obviedade da censura


Não pronunciado na tela e no ar, como num passe de mágica, o torniquete do FMI e seus sequazes deixam de existir. Omissão e cumplicidade como eixos centrais da desinformação estrutural.



Enquanto o governo central abre a quitanda oferecendo de tudo um pouco (mas só um pouquinho) para a prorrogação da CPMF, a mídia grandona continua insistindo em inverter fatos. Lembro que, ao longo de umas das 5 greves ocorridas durante o período da graduação em jornalismo, um colega pediu a palavra em assembléia, bradando uma profecia:

- “Se a gente afrouxa numa greve enquanto ainda somos estudantes, é porque seremos puxa sacos de editores, aprendiz de jabazeiros e os poucos eleitos para subir na hierarquia da mídia, serão especialistas em inverter fatos e fazer nariz de cera para assunto inútil!”

Se e caso este esquecido colega fosse profeta, seus livros venderiam tanto quanto a auto-ajuda empresarial. Dito e feito. Na geração pós-Pimenta Neves, a titica abunda na mente pouco ilustrada dos rostos divinos e maliciosos. Fiz todo esse redondeio para chamar a atenção no tema “carga tributária”. Não é possível que alguém em sã consciência consiga crer na relação única entre gastos de governo e tributação.

Os números apresentados pelo próprio governo Central atestam que o superávit primário é fantasioso em função do déficit nominal. Traduzindo, não importa o volume de arrecadação, os serviços da dívida são vorazes. Comprometendo o orçamento, institucionalizando o desvio de dinheiro através da famigerada DRU, a União opera como fiel pagador da agiotagem internacional.

Ao opinar, 9 entre 10 coleguinhas que tem essa potestade na indústria repetem a cartilha bovina: “O absurdo da carga tributária revela um Estado enorme e ineficiente!” Mentira. O botim impositivo é a centralização necessária para pagar aos agiotas com título de banqueiro. E, para acentuar a farra, a Selic normatiza a volatilidade de uma economia cujo lastro é a amputação de nosso potencial ao sangrar o PIB brasileiro e o dinheiro circulante.

Mas, se até esse humilde analista, teimoso e por vezes quixotesco, sabe disso, que dirá os sábios do Campo Majoritário e seus oponentes de-faz-de-conta na frente de telas finas, microfones direcionais e links de TV!!! O bom seria, se estes opinantes dissessem em alto e bom som:

- Sim, nós profissionais de comunicação elevados ao Olimpo da mídia oficiosa (salvo raras exceções, como Ricardo Boechat), concordamos com o lucro dos bancos, com o pagamento da dívida, apenas desejamos que esta farra de juros não se extraia da tributação sobre salários e consumo. Ou seja, que paguem os arigós, através do desmonte do serviço público e não mais apenas os nossos bolsos e o de nossos amados patrões!

Ah os delírios e desejos de quem aqui escreve. Esta “sinceridade” é simplesmente inviável.

Já imaginaram algo assim:

“Eu entendo, dizia o colunista, que o governo de Lula é corrupto como os anteriores e governam para os bancos como os antecessores. A diferença, se é que há, é que o atual governo trabalha de forma menos sutil no Congresso e é mais eficiente com os agiotas. Ou seja, Mensalão e Meirelles na cabeça! E, o melhor, é que a gente pode bater à vontade, porque por mais que faça o serviço direitinho, nem ele nem a Marisa pertencem ao nosso meio!”

Como isso não vai acontecer, o mais sensato é criticar a mídia como ela é, e buscar nas beiradas a ajudar a fazer a mídia como ela poderia ser.

Nota originalmente publicada no portal do brioso jornalista santamariense, craque da área, recordista de furos na região, Claudemir Pereira.

enviar
imprimir






voltar