O 2º mandato do governo Luiz Inácio marca um amplo campo de alianças em nível nacional. Tão amplo que chega a dar a volta ao mundo e pára no mesmo lugar de onde nasceu a legenda do presidente. Assim, fruto da Anistia Ampla, Geral e Irrestrita acompanhante da reorganização partidária, estava a inclusão de todos os operadores políticos. Lula se afirma como estadista, segundo a visão hegemônica. Simultaneamente, inclui a todos os inimigos históricos. O laçaço chegou ao Rio Grande, deixando a poucos de fora.
Ao saudar o novo ministro da Justiça Tarso Genro, o deputado federal pelo PP-RS José Otávio Germano aponta para o multipartidarismo fisiológico e inorgânico como taba de salvação da política brasileira. Se isto é política ou polititica, depende do ponto de vista. No desta página, é polititica ranhenta e das brabas. Tarso responde de forma singela, afirmando que a segurança pública é suprapartidária. Resta saber quais os interesses a serem atingidos para que algo venha a funcionar um dia.
Longe de solucionar a segurança pública, vai sim gerar o clima de co-governo, com tapas de luvas de pelica ao invés da gritaria e das ovadas dos tempos da Ford. O reposicionamento da RBS, mantendo a linha branda e afirmando sua beligerância “apenas” aos setores de interesse de classe, amolece a ponta de cá. No garrão da pátria, os aliados do ex-torneiro mecânico farão um acerto terminal ao que resta de política tradicional. Pode abrasileirar o Rio Grande, no pior dos termos.