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A queda de Lupi e a hegemonia da Força Sindical

prosa e política

Carlos Lupi e Paulinho da Força, a simbiose de uma hegemonia política que também implica em modelos de financiamento e gestão complementar da relação capital-trabalho. Versão contemporânea do sindicalismo amarelo, elevado aos céus no governo Lula, quando dá as mãos aos antigos adversários de São Paulo. Tinha que dar nisso!

09 de dezembro de 2011, da Vila Setembrina, Bruno Lima Rocha

O pedetista Carlos Lupi é o sétimo ministro de Dilma Rousseff (esta por sinal, ex-correligionária) a deixar a pasta. Destes, apenas Nelson Jobim não caiu por denúncias, mas por tumulto. O peemedebista de Santa Maria chegou a declarar haver votado em José Serra e posicionava-se mais como um porta-voz da caserna do que um ministro civil à frente da Defesa. Mas, este foi um caso raro. Os demais cumpriram o conhecido neologismo político nacional batizado de “liturgia da queda”, já deveras debatido. Em textos anteriores, analisei a este rito do país emergente e noutro, a concepção sindical que abria possibilidades para as ações que o ex-jornaleiro tanto negara. Aqui, mexo noutro vespeiro, relacionando a gestão do Ministério do Trabalho e Emprego com a hegemonia da Força Sindical, dentro e fora da legenda.

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Lupi caiu por ser acusado de uma série de ações, além de ter pagado pelo “talento” declarativo. Mas, também o foi por referendar um estilo de organização que privilegia as relações passivas entre capital e trabalho, destinando parte volumosa dos recursos do FAT e FGTS para a reconversão de mão de obra. Tal atividade, que não é exclusiva da Força Sindical, é hegemonizada por esta, que a inaugurara ainda no período de Luiz Antonio Medeiros como uma quebra de paradigma na organização da força de trabalho.

Esta simbiose é posterior ao nascimento do PDT. Quando Leonel de Moura Brizola perde a legenda histórica do trabalhismo (PTB) para a sobrinha de Getúlio, Ivete Vargas, surge a necessidade de criação da nova sigla, o Partido Democrático Trabalhista (PDT). Desde então, o partido vem perdendo o significado na contestação de alguma forma de poder constituído e reeditando as formas mais clássicas e tradicionais da política brasileira. Seu ponto original é a relação não classista com o mundo do trabalho. Nas origens, um discurso nacional-desenvolvimentista e promotor dos direitos de trabalhadores era sua marca, advindo da herança política popular de Getúlio.

Este perfil ganha uma releitura quando, já na década de 1990, em pleno governo Collor, o nascimento da Força Sindical é obra de co-autoria dos sindicalistas do PDT. Não de todos, até porque Brizola havia trazido do exílio o engajamento de Luís Carlos Prestes, gerando com este ainda em vida uma profusa ala à esquerda, com pequenos grupos muito atuantes. Se uma nova hegemonia viesse a se concretizar, ainda com Brizola em vida, esta viria da outra ponta, poli-classista e pragmática. Veio e trouxe seus custos.

Este artigo foi originalmente publicado no blog do jornalista Ricardo Noblat

Obs: o texto é uma singela homenagem a alguns homens e mulheres que conheci no Estado do Rio, ainda na década de ’80 e que compunham as chamadas alas à esquerda da legenda de Brizola. Como é sabido, nunca fui correligionário destes, tampouco trabalhista e menos ainda vinculado a Prestes. Mas, é preciso reconhecer a capacidade de entrega destes, a começar pelos insurgentes no MNR passando por militantes como Seu Camerino na Baixada Fluminense. O episódio de Lupi e a Força Sindical é a continuidade da aproximação do chaguismo ao grupo de Leonel e da convivência pacífica com a bicheirada também.






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