Estrat�gia & An�lise
ISSN 0033-1983
Principal

Artigos

Clássicos da Política Latino-Americana

Coluna Além das Quatro Linhas

Coluna de Rádio

Contenido en Castellano

Contos de ringues e punhos

Democracy Now! em Português

Democratização da Comunicação

Fale Conosco

LARI de Análise de Conjuntura Internacional

NIEG

Original Content in English

Pensamento Libertário

Publicações

Publicações em outros idiomas

Quem Somos

Sobre História

Sugestão de Sites

Teoria



Apoiar este Portal

Apoyar este Portal

Support this Website



Site Anterior




Creative Commons License



Busca



RSS

RSS in English

RSS en Castellano

FeedBurner

Receber as atualiza��es do Estrat�gia & An�lise na sua caixa de correio

Adicionar aos Favoritos

P�gina Inicial












































Artigos
Para jornais, revistas e outras mídias

A Grécia à beira da fratura societária – 1

yeeyan.org

Esta era a visão do poder estatal, operando a serviço do Banco Central Europeu e o FMI, cuja ponta se encontra nas armas dos policiais do MAT, a odiada força anti-distúrbio. O povo grego, reinventa suas formas organizativas na histórica Praça Sintagma.

20 de julho de 2011, da Praça Sintagma (Atenas), Bruno Lima Rocha

A fronte do Parlamento grego volta-se para a Avenida Amalias, Centro de Atenas. Logo abaixo se localiza a Praça Sintagma. Este local foi o foco das manifestações de 28 e 29 de junho último, quando os legisladores acataram o pacote de medidas traçados pelo Banco Central Europeu (BCE) em conjunto com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Não por acaso, é onde se deram a maioria das batalhas de rua quase insurrecionais, contra as divisões de polícia municipal (azul) e anti-motim (verde).

enviar
imprimir

Passados menos de um mês da fatídica data, ninguém se esquece do ocorrido e a tensão é visível, literalmente. Na mesma calçada de fronte ao Poder Legislativo estão duas faixas verticais gigantes, ambas imitando os prêmios de “funcionário em destaque”, comuns em estabelecimentos comerciais. À esquerda, a faixa comemora o “prêmio de funcionário do ano” do FMI, e o laureado é o Primeiro-Ministro George Papandreu. À direita, o premiado como “funcionário da década” da Goldman Sachs (GS) é Mario Draghi, futuro presidente do BCE, ex vice-presidente da GS Europa e ex-presidente da Banca d’Italia no governo do contestado Silvio Berlusconi.

Para além do simbólico, a resposta dos setores organizados (nesta marcha se juntaram mais de 200 mil pessoas) logo após a aprovação do pacote do BCE/FMI foi tomar a Praça Sintagma. Segundo quem está acampado (cerca de 200 pessoas permanentes e umas mil flutuantes), a idéia é reconstruir o espaço público, ocupando-o por barracas e debates permanentes, diretamente inspirados pela Porta do Sol de Madri, acampamento pela Democracia Direta, na atividade também conhecida como 15 de maio (15-M). Mesmo agora, em pleno verão grego (com temperaturas diurnas oscilando entre 35º e 41º) e férias escolares, as atividades não param. Todas as noites há um debate central, com cerca de cem participantes, além da exibição de filmes, a maioria documentários políticos.

As marcas da fratura societária são outras, bem visíveis e nada simpáticas. No entorno da região de concentração turística, ficam estacionados – no mínimo – um ônibus inteiro de policiais de verde e capacete branco, mais duas dezenas dos policiais azuis, sem contar com um pelotão de motocicletas em alerta permanente. Surpreende o aparato, pois a capital da república helênica é muito segura, quase sem criminalidade, sendo comum inclusive ver mulheres sozinhas caminhando despreocupadamente de madrugada. Portanto, a conclusão é óbvia. A presença das forças de ordem é para contenção do protesto social.

Este artigo foi originalmente publicado no blog de Ricardo Noblat






voltar