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A direita venezuelana na ofensiva

esquerda.net

Os riscos de golpe de Estado seguem sendo reais na Venezuela, incluindo análises midiáticas mais à direita apostando que Nicolás Maduro não irá concluir seu mandato. Para além do chavismo político, as garantias dos direitos adquiridos estão no movimento bolivariano.

18 de abril de 2013, Bruno Lima Rocha

 

Nicolás Maduro, presidente eleito da Venezuela, sucessor político indicado por Hugo Chávez, começa seu governo da maneira mais difícil possível. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou-o chefe do Poder Executivo após totalizar a contagem dos votos em um pleito com a participação de 79,17% dos eleitores. Maduro, à frente do PSUV, obteve 50,75% dos votos (7.563.747) e Henrique Capriles, governador do estado de Miranda representando a Mesa de Unidade Democrática (MUD), recebera 48,97% (7.298.491). Houve elevada abstenção, estando ausente mais de 20% do eleitorado. A novidade é a direita fortalecida, vencendo em sete estados, ao invés de somente em três como nas eleições de dezembro, com Chávez ainda vivo.

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A apertada diferença de apenas de 273 mil votos, encoraja a oposição encabeçada pela oligarquia a convocar seu eleitorado a ocupar as ruas e contestar a legitimidade do resultado. O pedido de recontagem é uma forma de pôr em dúvida a transparência de um processo de escrutínio legitimado por órgãos internacionais. Opera como uma manobra para acumulação de forças em dois níveis. Dentro da direita venezuelana, Capriles cria musculatura, legitimando-se como líder inequívoco, sendo a única opção válida para metade do eleitorado do país. Já no confronto com o Palácio Miraflores, afirma poder ser tão duro como seus aliados golpistas de 2002 e 2003. Se puder derrubar o processo eleitoral, causando uma comoção nacional através de recontagem, melhor. Na ausência desta possibilidade, minar a situação agora operando em uma condição nova – a do chavismo sem Chávez -, possibilita uma vitória em referendo revogatório em três anos.  

 

Na arena externa, a margem apertada anima os EUA. O Departamento de Estado, tendo à frente o novo secretário John Kerry, querendo mostrar serviço e obter vitórias político-militares como teve Hillary Clinton, já se antecipou afirmando ver com bons olhos uma recontagem. Que ninguém se assuste com a escalada paulatina de violência de rua e possíveis intentos de fraturas institucionais em governos de estados e prefeituras. O provável é gerarem muita confusão no curto prazo. A meta é essa, tentando impedir Maduro de governar, forçando-o a endurecer com a oposição pela via institucional, através das forças armadas e do aparelho judicial. O procedimento implica em sucessivas comoções nacionais e desabastecimento, fracionamento do PSUV e do alto comando castrense para chegar a criar as condições para um golpe de Estado. Anos difíceis começam.

 

Artigo originalmente publicado no blog do jornalista Ricardo Noblat






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