Os quatro presos políticos do Uruguay foram libertados com a substituição do Juiz Juan Carlos Lecchini. Este homem, operando de acordo e em uníssono com as FFAA da banda oriental, enquadrava como subversivos aos seguintes militantes de base:Fiorella Josendez; Lilián Bogado; Claudio Piñeyro e Ignacio Corrales.
Com certeza, a pressão das ruas, promovendo um grau de mobilização nas colônias uruguaias da Suécia e Espanha, além das mobilizações de Argentina, Chile e Rio Grande do Sul, fortaleceram a posição da defesa e mesmo da procuradoria, que queria ver aos quatro respondendo processos em liberdade.
Esta panela de pressão já chiava por dois lados. De um lado, a ultra-esquerda, aquela que pouco ou nada apóia a Frente Ampla (FA), e o governo de fato do ministro da Economia Danilo Astori tendo ao médico Tabaré Vazquez como chefe de Estado. De outro, a ala mais à direita dos partidos tradicionaisenlaçando com os militares que atuaram na ditadura militar.
AArgentina sob o governo do ex-JP Kirchner fecha um ciclo histórico, e mesmo assim são mais de 2.000 presos políticos vindos de movimentos piqueteros daquele país.Em contraparte, asFFAA uruguaias ainda são um dos poderes políticos de fato no Uurguay. Considerando que 3.000 pessoas conseguem ocupara as manchetes do país hermano, é mais do que fácil criar um, dois, três, muitos fatos políticos.
Ao liberar os presos, o governo da FA consegue desafogar o fim de ano; apontando o acúmulo para as esperanças de um Mercosul onde a Venezuela entra como primo rico e o Brasil como bruxa madrasta.