Estrat�gia & An�lise
ISSN 0033-1983
Principal

Artigos

Clássicos da Política Latino-Americana

Coluna Além das Quatro Linhas

Coluna de Rádio

Contenido en Castellano

Contos de ringues e punhos

Democracy Now! em Português

Democratização da Comunicação

Fale Conosco

LARI de Análise de Conjuntura Internacional

NIEG

Original Content in English

Pensamento Libertário

Publicações

Publicações em outros idiomas

Quem Somos

Sobre História

Sugestão de Sites

Teoria



Apoiar este Portal

Apoyar este Portal

Support this Website



Site Anterior




Creative Commons License



Busca



RSS

RSS in English

RSS en Castellano

FeedBurner

Receber as atualiza��es do Estrat�gia & An�lise na sua caixa de correio

Adicionar aos Favoritos

P�gina Inicial












































Artigos
Para jornais, revistas e outras mídias

O pior do Brasil no caso do helicóptero apreendido

sidneyrezende

O pior do Brasil se encontra nesta trama absurda onde o contribuinte paga o combustível de um helicóptero privado apreendido com carga ilegal e o cujo piloto, funcionário da empresa da família de políticos-empresários-cartolas, é lotado em gabinete parlamentar.

05 de dezembro de 2013, Bruno Lima Rocha

 

Não passa semana em que não circule no país algum fato controverso envolvendo algum operador político relevante. No dia 25 de novembro, no município de Afonso Cláudio (serra capixaba), outro escândalo abala a política profissional brasileira. Desta vez os pivôs foram dois parlamentares mineiros, o senador Zezé Perrella (PDT, ex-presidente do Cruzeiro) e o deputado estadual Gustavo Perrella (SDD). Apenas a narrativa dos fatos materializa a evidência das relações pouco republicanas entre o patrimônio público e os fins e usos privados.

enviar
imprimir

O caso do helicóptero pertencente à família Perrella, em nome da Limeira Agropecuária, apreendido pela Polícia Federal (PF) com 443 kgs de cocaína revela a estrutura que atravessa o poder no Brasil. O piloto da aeronave – preso e principal suspeito - além de ser funcionário da empresa dos filhos do senador, também é lotado no gabinete do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD) e o combustível do helicóptero havia sido comprado através de verba indenizatória! Para piorar, o piloto teria avisado ao proprietário – o parlamentar – que faria um frete, mesmo tendo seu salário pago pelo contribuinte assim como a gasolina do veículo. A licença não é para vôo comercial e sim particular, logo os fretes são proibidos.

 

Trata-se de um conjunto de erros na normativa política. Primeiro, um ex-cartola deveria enfrentar um largo período de quarentena até concorrer a cargo eletivo. Segundo, é um absurdo que qualquer casa legislativa reponha os gastos com combustível para aeronaves, sendo que estas são os principais veículos usados em campanhas. Terceiro, deveria ser proibido lotar alguém em gabinete se esta pessoa também for funcionária de alguma pessoa jurídica pertencente ao mandatário do cargo. 

 

Seria leviano e imprudente afirmar a responsabilidade direta do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD) e do senador Zezé Perrella (PDT) no caso. Reza a boa prática a checagem e averiguação, assim como também a aplicação de medidas cautelares. O mais sensato seria o afastamento das funções legislativas, tanto do pai como do filho, para ao final das investigações, haver um retorno ao cargo totalmente imune de culpa. Do contrário, paira a suspeita de que está ocorrendo uma “operação abafa” e a tentativa explícita de mudar o foco em função das alianças e amizades políticas do ex-presidente do vitorioso clube Palestra Itália de Minas, o Cruzeiro Esporte Clube. Sem cortar na carne, não adianta tentarem salvar as elites políticas do país da má avaliação. 

 

Artigo originalmente publicado no blog de Ricardo Noblat

 






voltar