Estrat�gia & An�lise
ISSN 0033-1983
Principal

Artigos

Clássicos da Política Latino-Americana

Coluna Além das Quatro Linhas

Coluna de Rádio

Contenido en Castellano

Contos de ringues e punhos

Democracy Now! em Português

Democratização da Comunicação

Fale Conosco

LARI de Análise de Conjuntura Internacional

NIEG

Original Content in English

Pensamento Libertário

Publicações

Publicações em outros idiomas

Quem Somos

Sobre História

Sugestão de Sites

Teoria



Apoiar este Portal

Apoyar este Portal

Support this Website



Site Anterior




Creative Commons License



Busca



RSS

RSS in English

RSS en Castellano

FeedBurner

Receber as atualiza��es do Estrat�gia & An�lise na sua caixa de correio

Adicionar aos Favoritos

P�gina Inicial












































Artigos
Para jornais, revistas e outras mídias

Algumas impressões da Telesur – 1


Mirando ao Sul através de uma boa dose de captação de imagens de povo, realidade e cotidiano, a Telesur vai além da ferramenta de política externa de Chávez para o Continente.



Tendo a chance de ver a Telesur com alguma freqüência, a simples audiência da emissora nos trás algumas reflexões imediatas. Gostaria de aportar estas impressões nesta Nota e algumas reflexões na Nota seguinte.

Sem dúvida, a emissora financiada pelo governo bolivariano da Venezuela, dentro de um estrito campo midiático, é uma agradável surpresa. Mesmo sabendo que não se pode excluir a estética do conteúdo, considerando que esta TV deixa muito a desejar em termos de inovações de linguagem jornalística, a programação é um avanço para uma audiência tão mal tratada como a nossa. O Continente apresenta uma demanda de programas feitos para nosso público, buscando a identidade necessária e com premissas narrativas distintas das apresentadas.

A linguagem acaba sendo parte do calcanhar de Aquiles da Telesur. A outra ponta do problema é a apologia de uma TV estritamente vinculada a um governo e a uma liderança carismática. Se por um lado a linguagem se assemelha a um estúdio “clássico” tipo CNN, os enquadramentos, cortes, tomadas e planos são próximos a TV Espanhola internacional. Não por acaso, as linguagens apresentadas são o espelho de uma correlação de forças e alianças, tanto da interna do campo jornalístico e midiático, como das relações exteriores de Venezuela com o governo do PSOE com José Luiz Rodríguez Zapatero à frente.

Assistindo com calma e atenção ao noticiário da TV espanhola, em especial os programas especiais de latino-américa, temos uma leitura transversa e pouco discreta da política externa do governo de Espanha. O mesmo se dá com o governo de Hugo Chávez e sua política externa, tanto para a América Latina como no plano mundial. O interessante nestas abordagens é o aporte de informações estruturantes da economia, especificamente da economia política – modelos de negócios, serviços e obras de impacto – dos países da região.

Uma experiência como esta, de TV voltada a si mesmo, buscando um público cativo com perfil contrário ao espelho invertido por onde nos observamos é uma iniciativa de impacto. Mesmo longe do modelo de comunicação democrática defendido pelos setores mais comprometidos com os meios comunitários da América Latina, a gravitação crescente desta emissora, quase sempre coligada com TVs estatais de uso semi-público. Mais uma vez nos vemos diante de uma experiência que caso fosse universalizada, por exemplo com uma TV deste perfil por país, o controle e o oligopólio dos meios seria abalado.

enviar
imprimir






voltar