Estrat�gia & An�lise
ISSN 0033-1983
Principal

Artigos

Clássicos da Política Latino-Americana

Coluna Além das Quatro Linhas

Coluna de Rádio

Contenido en Castellano

Contos de ringues e punhos

Democracy Now! em Português

Democratização da Comunicação

Fale Conosco

LARI de Análise de Conjuntura Internacional

NIEG

Original Content in English

Pensamento Libertário

Publicações

Publicações em outros idiomas

Quem Somos

Sobre História

Sugestão de Sites

Teoria



Apoiar este Portal

Apoyar este Portal

Support this Website



Site Anterior




Creative Commons License



Busca



RSS

RSS in English

RSS en Castellano

FeedBurner

Receber as atualiza��es do Estrat�gia & An�lise na sua caixa de correio

Adicionar aos Favoritos

P�gina Inicial












































Artigos
Para jornais, revistas e outras mídias

Maradona e a alma Argentina


Encarnando a hinchada mais querida, Don Diego larga mão de frescuras e cumpre à risca seu destino de herói das contradições argentinas.



É inevitável a comparação. Esqueçamos da bola, dos lances e conquistas. Vejamos apenas as tragédias e glórias deste homem nascido e criado em um villa miseria. Ainda craque promissor do Argentinos Jrs., não foi convocado para jogar a Copa de 1978, em seu próprio país. Patriotadas e corrupções generalescas à parte, Diego Armando Maradona, o maior jogador da história do país hermano, mais que um craque, é um personagem. Mario Kempes fez o gol em Nuñez, gol que era para ser dele.

Por momentos, é uma máquina de fazer cagadas. Noutros, leva consigo a personificação da alma Argentina, incluindo as contradições portenhas. Girando a camisa azul celeste e branca nas arquibancadas da Alemanha, saltando como um estudante em uma marcha latino-americana, xingando e vibrando en la Bombonera, este homem carrega em suas trajetórias as paixões e dramas do povo argentino.

Me perdoe o Édson Arantes do Nascimento, mas preferimos o Pelé. Este homem, como jogador, era fantástico. Como homem público, trajetória muito, mas muito complicada. Garoto-propaganda de um sem fim de produtos, como ministro do Esporte sua atuação foi pífia. Promulgou a Lei Pelé e o Estatuto do Torcedor, mas foi só. Implementar mesmo, sua presença é tão significativa quanto a do ministro Gilberto Gil. Que sina para os descendentes de Zumbi não?

Voltando a Dieguito, ainda que quase sempre sua seleção redunde em fracassos e problemas, encarna a dignidade e o desespero de un sentimiento, que no puedo parar! Quanta diferença; jogamos mais bola, não muito mais, mas um pouco mais. Mas, botando o coração na ponta da chuteira, eles sempre vão com tudo e nós, por vezes, são 23 à meia boca.

Quem já esteve cortando a Avenida Corrientes, hinchando na massa boquense, tremendo ao ver passar os Falcons Verdes, comemorando na lleca como cada pedaço de quadra fosse um gol de Dieguito, sempre vai preferir Maradona a Pelé.

Patriotadas e ufanismos à parte, na ausência de São Manuel Francisco dos Santos, yo también prefiero a Don Diego.

enviar
imprimir






voltar